A notícia de que Sony e Sharp se uniram para ampliar a produção de painéis LCD faz sentido. As duas são hoje os maiores fabricantes mundiais desse item cada vez mais essencial, brigando passo a passo com a coreana Samsung. A Sony já tem uma joint-venture com a Samsung; ambas são donas da maior fábrica de LCDs do mundo, na Coréia. Pode parecer que o relacionamento entre as duas empresas está em crise, mas não é o que se diz nos bastidores da indústria.

Na verdade, Sony e Sharp trabalham na chamada “geração 10” do LCD, uma referência a um novo processo produtivo pelo qual é possível construir painéis que podem ser divididos em até 10 (os atuais dividem-se em até 8). Ou seja, com o mesmo painel original a fábrica é capaz de produzir dez displays diferentes, e não apenas oito, do mesmo tamanho. Isso representa um ganho enorme de escala: aproximadamente 25%.

radius_320_seamless_lcd_display.jpgHá o temor entre os fabricantes de que a demanda nos próximos anos aumente a tal ponto que possa causar falta de painéis no mundo. É bom lembrar que os LCDs são usados não apenas em TVs e monitores, mas também em aparelhos portáteis, como câmeras, celulares, notebooks, players MP3 etc. E, como sabemos, as vendas desses itens não param de subir.

A Sony, portanto, está mais do que certa em unir-se a dois dos maiores fornecedores mundiais.

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