No próximo dia 1ode julho, Sidney Harman, uma das maiores figuras da indústria eletrônica, sai de cena. Aos 89 anos, deixa a presidência do grupo que leva seu nome e vai descansar, depois de 55 anos dedicados a esse negócio.

harmansidneyweb.jpgHarman – como seus contemporâneos Henry Kloss, James B. Lansing, Ray Dolby e Saul Marantz, entre outros – entrou para a História ao construir um império a partir de sua paixão pelo áudio, pela música e pela fidelidade da reprodução sonora. Em 1958, foi da Harman Kardon (fundada por ele cinco anos antes, junto com seu então sócio Bernard Kardon) o primeiro receiver estereofônico, modelo TA230. Depois de separado de Kardon, Harman fez crescer seu grupo incorporando aos poucos marcas lendárias, como JBL, Mark Levinson e AKG, ou criando outras que se tornaram tão ou mais importantes, como Infinity, Crown, Lexicon, Revel etc.

Saíram dos laboratórios da Harman novidades como a primeira caixa acústica do tipo monitor de estúdio e o primeiro sistema de áudio para salas de espetáculo. A conquista do segmento musical abriu as portas para desbravar também o setor de P.A. (public address), voltado para shows ao vivo, a partir do final dos anos 60. Em seguida, a Harman entrou pesado também na área de som automotivo e tornou-se fornecedora das principais montadoras americanas.

Tive o privilégio de entrevistar o sr. Harman em 2001, durante a CES, e constatar de perto seu carisma e conhecimento de mercado. Nos últimos anos, o grupo se uniu a investidores de várias origens, tornou-se uma mina de ouro, mas não descuidou de suas marcas premium. No lugar de Harman, assume o indiano Dinesh C. Paliwal, que desde julho do ano passado vem sendo o vice de Sidney Harman.

Se Paliwal conseguir fazer 10% do que fez seu antecessor, também entrará para a História.

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