Volto aqui a um assunto desagradável, que já comentei meses atrás. Recebi por e-mail uma denúncia assinada por alguém chamado Prof. Omar Garcia, contra a empresa Eletrocorp – para mim, até agora uma ilustre desconhecida. Nosso professor adquiriu um notebook nessa loja virtual, para onde foi direcionado a partir de pesquisas em três sites de busca: BuscaPé, BondFaro e Shopping UOL. E tomou mais um daqueles golpes virtuais: pagou com seu cartão de crédito e não recebeu notebook nenhum.

O professor diz no e-mail que foi atrás da tal empresa e descobriu que, dias após a compra, ela simplesmente havia encerrado suas atividades. Incrível, não? Mas sua queixa mais grave é de que os três sites consultados teriam “endossado” a tal Eletrocorp com comentários positivos. Iludido por tais endossos, ele caiu na rede, literalmente.

Bem, não tenho como garantir que a história é verídica. Mas o Prof. Omar diz ter enviado a mesma denúncia a vários órgãos de comunicação, na esperança de ver seu caso divulgado. Já comentei aqui fatos parecidos. O que me estranha é ainda haver gente que cai nessas arapucas. Evidentemente, nenhum site (e nenhum veículo de comunicação) tem o direito de enganar seus leitores com falsos elogios, como parece ser o caso. Se foi isso que aconteceu, os três merecem punição. Isso, no entanto, é bem diferente dos anúncios pagos e devidamente identificados, sem os quais nenhuma mídia sobrevive.

Nesta babel chamada internet, onde cabe de tudo, não há mais desculpa para alguém se deixar enganar dessa forma. São tantas as opções de produtos e tantas as formas de pesquisar e levantar informações sobre as empresas que não se justifica um erro desses. Minha dica: comprar sempre marcas conhecidas (ou com boas referências) e de empresas com um mínimo de tradição no mercado. Pelo menos, aí o risco diminui bastante.

2 thoughts on “De quem é a responsabilidade?

  1. O Brasil é o país da inversão de valores. Em um primeiro momento, as lojas que cobram mais caro (garantia, procedência, estrutura física) são imediatamente descartadas, pois o primeiro objetivo do consumidor é preço baixo. Depois, como foi este caso, ele vai ver que existem coisas mais importantes para se preocupar. Já tive caso de clientes retornando a minha loja depois de escolherem um concorrente que cobrava menos mas deram problemas na entrega. Já recebi clientes que confessaram ter escolhido meu preço maior por não se sentirem seguros no concorrente. Imagine quantos clientes eu não perdido por incluir em meus preços os custos dos impostos e a segurança da origem de um produto de distribuição oficial no Brasil. Acredito que mesmo se este senhor tivesse recebido seu produto, ele teria problemas quanto a qualidade e assistência técnica. Não estou pregando aqui que o cliente escolha sempre o mais caro, mas que use as referencias de uma fonte confiável.

  2. Também caí nessa “arapuca” da internet. Pesquisei o preço de um notebook, através do site Bond Faro e aconteceu a mesma coisa. A questão também é a seguinte: nenhuma dessas lojas são conhecidas… Se eu não comprar na FNAC, não vou poder comprar mais em nenhum lugar??

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