A propósito de TVs e displays, saíram esta semana alguns números interessantes, no Brasil e no Exterior. O repórter Alex dos Santos, da revista HOME THEATER & CASA DIGITAL coordenou interessante levantamento entre as principais lojas virtuais brasileiras sobre os preços de plasmas e LCDs (confira aqui). O que me chamou atenção não foram os aumentos propriamente ditos, mas a rapidez com que foram anunciados.

Ora, todo mundo sabe que o ciclo de produção de um TV é de, no mínimo, seis meses – do início da montagem, com os componentes importados que sofrem a pressão do dólar, até a entrega à loja. Os produtos que você encontra hoje nas prateleiras devem ter saído das fábricas há pelo menos dois meses. Como explicar, então, que de uma hora para outra o varejo aumente seus preços? Só porque a crise está no noticiário, ameaçando todo mundo? Só por causa das oscilações do dólar? Mas esses aparelhos não foram fabricados quando o dólar estava a R$ 1,60?

Isso está me parecendo mais especulação do que qualquer outra coisa. Racionalmente, não há motivo para ninguém – nem lojistas nem fabricantes – aumentar preço a essa altura do campeonato. Talvez sim, daqui a uns três meses, se até lá as notícias não tiverem melhorado.

Além de incoerente e injusta, essa política me parece meio burra. Acho mais correto o que está fazendo a Hyundai, fabricante coreana de automóveis: garante o dólar a R$ 1,60, mesmo com o atual sobe-e-desce da moeda americana. Claro, os carros já foram importados há meses, não por que subir de preço agora. Com isso, além de estimular as vendas, a empresa ainda se mostra mais simpática ao seus provavéis clientes.

Voltando aos TVs, a dica para o consumidor brasileiro é ficar atento às promoções. Ah! E é claro: cuidado com as lojas virtuais, especialmente aquelas sem tradição.

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