As fofocas estão correndo soltas no Vale do Silício, sobre possíveis demissões na Google, a empresa de maior sucesso nos últimos anos. Aparentemente, seria um sucesso tão retumbante que nem mesmo a atual crise afetaria seus negócios. Mas pode não ser bem assim, segundo o jornal Mercury News e o blog Web Guild, que cobrem o dia-a-dia das empresas americanas de tecnologia.

Nesta 2a. feira, o blog literalmente detonou a Google por sua política trabalhista. A partir da informação de uma fonte não identificada de que a empresa teria demitido 10 mil funcionários nas últimas semanas, o blog detalha supostas manobras da Google para driblar o fisco e a legislação trabalhista americana. Um corte desse tamanho seria devastador, considerando que a Google possui, oficialmente, pouco mais de 20 mil empregados. Na verdade, diz o blog, os tais 10 mil infelizes demitidos seriam trabalhadores freelancers, que a empresa classifica em seus balanços como “despesas operacionais temporárias”.

Indo mais fundo na história, Daya Baran, colunista do blog, conta que esse tipo de classificação nada mais é do que uma manobra jurídica para enganar a legislação trabalhista. De um lado, para acionistas e investidores a Google informa que possui somente 20 mil trabalhadores contratados. Com isso, demonstra em balanço um maior grau de produtividade, o que – pelas regras de Wall Street – faz subir o valor das ações. Do outro lado, os 10 mil freelancers trabalham em tempo integral, mas não recebem salários equivalentes, nem os benefícios que a lei garante aos contratados, como plano de saúde e seguro. Além disso, esses trabalhadores temporários mudam de função a toda hora, o que é outra forma de iludir a lei para não caracterizar o chamado vínculo empregatício, como se diz aqui no Brasil.

“Temos trabalhadores demais”, teria dito Sergei Brin, co-fundador e presidente da Google, segundo o blog, que informa existirem funcionários que estão nessa situação de “temporários” há nada menos do que cinco anos…

Bem, agora o outro lado. Esse blog Web Guild pode estar a serviço dos concorrentes da Google (vejam que ridícula a foto que eles dão, dos fundadores da empresa, Larry Page e Sergei Brin, como se estivessem numa sauna gay). Embora o blog informe que a empresa também está sendo afetada pela crise, e que as demissões teriam a finalidade de acalmar investidores, na verdade os últimos balanços oficiais mostram o contrário: a Google continua aumentando seu faturamento e, portanto, não haveria necessidade de cortes.

Quem estará falando a verdade?

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