Um dos produtos mais inovadores do ano é, sem dúvida, o Studio Hybrid, da Dell, recém-lançado no Brasil. Trata-se de um desktop com funções de media center, mas que pelo peso e características chega bem perto de um notebook. Grande sacada da empresa americana, que com esse lançamento busca recuperar a liderança mundial no setor (que perdeu há dois anos para a HP).
Nossa equipe testou o Studio Hybrid nas últimas semanas e ficou impressionada (veja aqui o vídeo). Pesa apenas 2,18kg e custa a partir de R$ 1.900, bem razoável para um media center, capaz de funcionar como um servidor doméstico. Como é sua tradição, a Dell vende o aparelho diretamente através de seu site, com a opção do usuário configurá-lo a suas necessidades.
Li na revista Exame reportagem sobre a empresa, que quer vender agora uma imagem de “verde” – o media center faz parte dessa estratégia. O aparelho consome 70% menos energia que um computador comum, pesa 80% menos e utiliza menor quantidade de componentes, encaixando-se no nível mais alto da classificação “Energy Star”, selo instituído pelo governo americano para a indústria eletrônica. Embora possa parecer bobagem, outra boa idéia da empresa foi diminuir em 75% a quantidade de material impresso que acompanha o aparelho, incluindo manual de instruções. Reduz o peso da embalagem e o gasto de papel. Por sinal, a Dell contratou para dirigir esse projeto um sujeito chamado David Lear, que foi assessor do ex-vice-presidente Al Gore, um dos responsáveis pela criação do selo.
Ou seja, parece que a idéia do verde não é apenas marketing, é pra valer mesmo.
Na prática, a Dell está longe de ser considerada verde. Recente análise (http://planetech.uol.com.br/?p=3124) mostra a Dell na escala inferior (4,6 numa escala onde 10 a tornaria “verde”) das empresas que se preocupam com o meio ambiente. De qualquer forma, vamos torcer para que a empresa, realmente resgate a vontade e intenção de se torna ecologicamente correta. O Fato de usar Bambu nos acabamentos pode ser uma pista.