Pois é, falávamos ontem aqui sobre as demissões entre as empresas de tecnologia americanas, e eis que da Ásia também chegam notícias bem ruins. Sony, Panasonic, Samsung e LG revelaram prejuízos no terceiro trimestre do ano e refizeram suas previsões de faturamento para o ano fiscal que termina em março. A Sony foi a que cortou mais fundo: 8.000 empregos de uma só vez, sendo que os analistas de mercado em Tóquio dizem, segundo a agência de notícias Reuters, que nem isso será suficiente para reanimar os investidores.

A explicação dos fabricantes, além da crise mundial, é a queda na rentabilidade de produtos como TVs, câmeras digitais e celulares. A queima de preços, que já vem desde o ano passado, está se revelando uma péssima estratégia para esses grandes detentores de tecnologia. Vejam o que disse o vice-presidente da Samsung, Chu Woo Sik: “Estamos nos esforçando para fazer dinheiro com displays LCD, mas a queda de preços fez evaporar nossas margens de lucro”.

Pior: o mesmo problema afeta a divisão de semicondutores da empresa, que é líder mundial em chips. Uma pesquisa da Bloomberg indica que os prejuízos dessa divisão, apenas neste último trimestre do ano, chegam à casa de US$ 73 milhões – há sete anos que os lucros vinham sendo contínuos.

Qual é a saída? Aparentemente, rezar. Agora, o estrago está feito.

2 thoughts on “E os cortes continuam…

  1. A crise quem faz somos nós. Na minha humilde opinião de analista amador, esta crise aconteceu porque cada vez mais as pessoas estavam investindo em valores virtuais. A corrida para investir em ações acabou nisto, pois muitas empresas eram avaliadas acima do mercado e suas ações subiam. Um dia a verdade apareceu. Quem não se deu mal? Quem investiu em coisas concretas. Dinheiro não acaba; ele troca de mão. Se alguém vai mal é porque alguém vai bem. Se muitos perderam dinheiro é porque poucos ganharam. Hoje as empresas que estavam atreladas as suas ações na bolsa estão desesperadas, pois despencaram e a credibilidade delas também. De que vive uma fabrica de televisores? Da fabricação e venda de televisores para consumidores finais. Na verdade elas estavam vivendo dos altos valores de suas ações porque a marca valia muito. E seus aparelhos? Valiam se estivessem ligados as marcas. Sempre brinquei com meus clientes dizendo que ao pagar caro por um adesivo Sony o cliente ganhava um Home Theater de brinde grudado nele! E isto vale para varias marcas. Hoje vendo produtos das marcas B&W, Rotel, Onkyo, NAD e Control4 entre outras, desconhecidas para o grande público (adesivos de baixo valor, produtos de alto valor) e minhas vendas só aumentaram depois da “crise”. Por quê? Porque me associei a marcas que vivem da vende de produtos e satisfação de clientes e não colocam suas marcas na gangorra do mercado. Estas eu tenho certeza que vão bem de saúde e vão bem porque suas estratégias de marketing se baseiam nos pilares básicos do marketing: Desenvolvimento do produto, alcançar o público alvo, política de preço dentro da realidade do mercado, distribuição correta, promoções estudadas e calculadas e publicidade adequada. Acredito que não devemos perder tempo rezando, mas sim trabalhando, assim Deus escutará o ranger das engrenagens!

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