Sempre fui contra aquele tipo de empresário que vive pedindo favores ao governo. Durante anos, essa foi uma verdadeira praga no País, algo que só diminuiu depois da abertura das importações, na década de 90 (não tem jeito: vamos ter que agradecer isso eternamente ao governo Collor… Fazer o quê?)

Durante o governo FHC, houve uma tentativa de moralização dessa prática, com regras mais rígidas, mas ainda assim surgiram várias denúncias de favorecimento a “amigos do poder”. No governo atual, o que vemos é uma infeliz mistura desse mau hábito com um outro, o da politização das verbas públicas, com o tráfico de influências sendo transformado em moeda de troca para os mais variados negócios. Sem querer ser repetitivo – e já sendo – não dá para deixar de mencionar o caso “BrOi” como o mais emblemático.

Agora, quando muitas empresas ameaçam cortar empregos por força da crise que se aproxima, vem o presidente Lula dizer – como está hoje em todos os jornais – que “nenhum empresário tem motivo para mandar trabalhador embora”. Ora, quantas empresas o sr. Lula já adiministrou na vida? É curiosa essa inversão de papéis. Quando as empresas estão faturando alto, o governo diz que é por causa de sua política econômica; quando alegam prejuízo, o problema é dos empresários?

Não acho que o governo tenha que ajudar empresas em dificuldades. Bastaria tomar algumas medidas de país civilizado, como baixar a carga tributária e acabar com essa mania de criar “proteção” aos trabalhadores, quando, na verdade, o que se cria é mais estímulo à falta de emprego e à informalidade. É fácil fazer caridade com o dinheiro dos outros – no caso, o dinheiro de todos nós, contribuintes.

1 thought on “O “empresário” Lula

  1. A Gradiente tomou empréstimo no BNDES comprou a Philco e posteriormente vendeu á vista para a Britania.Abriu falência.Só quero ver se Lula vai cobrar do Staub

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