No momento em que ativistas no mundo inteiro defendem medidas protecionistas dos governos para proteger seus empregos, merece aplausos a postura da CEA (Consumer Electronics Association), que na última sexta-feira divulgou comunicado contra eventuais leis protecionistas do governo Obama. Como se sabe, há hoje uma acirrada disputa nos meios políticos e empresariais dos EUA, com forte apelo nacionalista. A idéia – que Obama acatou, em parte – é criar mais barreiras aos produtos importados e à contratação de trabalhadores estrangeiros, dando prioridade ao que é americano.

A campanha ganhou o nome de “Buy American” e conta com forte apoio de sindicatos (sempre eles!), empresários e políticos, principalmente os republicanos, que querem porque querem tumultuar a nova administração. Em meio à maior recessão das últimas décadas, Obama tende a aceitar parte dessas pressões. O pacote financeiro aprovado pelo Congresso na semana passada (e que o presidente ainda precisa assinar) inclui medidas como a obrigatoriedade de se usar aço, ferro e produtos manufaturados produzidos no País em todo projeto de obra pública.

A CEA antecipou-se à decisão de Obama e mandou o recado: é contra qualquer tipo de protecionismo! “Isso sinaliza para nossos parceiros comerciais que os EUA estão voltando aos velhos tempos do nacionalismo econômico”, diz o comunicado da entidade. “Em vez de estimular a economia, esse tipo de medida só irá causar retaliações e poderá custar milhares de empregos dentro do País”.

E conclui: “Se fecharmos nossas fronteiras ao comércio internacional, vamos agravar ainda mais a recessão mundial. E isso no futuro irá se voltar contra nós mesmos”.

Infelizmente, idéias protecionistas estão em discussão em vários países. Não sou economista, mas de tudo que já li a respeito aprendi uma coisa: protecionismo nunca fez bem a país nenhum. Espero que Obama não caia nessa.

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