A nova edição da pesquisa “O Futuro da Mídia”, divulgada na última sexta-feira pela empresa especializada Deloitte, dá um perfil detalhado do comportamento dos brasileiros em relação à internet e a vários aspectos da tecnologia em geral. Segundo a empresa, foram entrevistadas cerca de 9 mil pessoas em cinco países (EUA, Grã-Bretanha, Japão, Alemanha e Brasil), sendo que aqui os pesquisados foram 1.022 brasileiros. 

Como já se sabia, o Brasil é destaque entre os países que mais utilizam a internet e que mais assistem TV – daí porque também ter sido incluído no levantamento. Vou analisar com calma os números (a pesquisa é muito extensa), mas já deu para anotar algumas revelações:

*O brasileiro passa na web um tempo três vezes maior do que vendo TV. Isso mesmo: são 32 horas e meia por semana conectado, contra “apenas” 9,8 horas dedicadas à telinha. Vendo esses dados, me lembrei de que antigamente chamava-se a televisão de “máquina de fazer doido”. Como, então, deveria ser definida a internet?

*A maioria (55%) dos brasileiros entrevistados diz que passa a maior parte do tempo vendo filmes na televisão; 53% dizem que preferem a web. A faixa etária que mais vê filmes é a de 45 a 54 anos. 

*Uma maioria bem mais expressiva (82%) afirma que hoje o computador é mais importante, para entretenimento, do que a TV.

*Entre os aparelhos eletrônicos mais comuns no Brasil, a ordem é esta: celular, 92%; DVD, 88%; rádio, 86%; TV, 79%; computador (de mesa), 74%. Aqui, sou obrigado a desconfiar: como explicar que haja mais gente com DVD do que com TV?

*Detalhes importantes: 13% já têm media center (ou algo similar), 17% têm algum tipo de PVR (Personal Video Recorder) e 27% têm rede sem fio. E mais: 3% já têm Blu-ray, mas 50% nunca ouviram falar.

*E 85% disseram que gostariam de conectar seus TVs à internet e assistir na tela grande a seus conteúdos de computador

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