panasanyoLembro que anos atrás, na cobertura de uma CES, em Las Vegas, havia o estande de uma empresa chamada “Panashiba”. Exibia TVs e aparelhos de som bem parecidos com os originais japoneses, mas a origem da marca era na verdade Hong Kong – fomos descobrir depois. Nunca mais ouvi falar, mas procurando no Google encontrei este site, que dá algumas pistas. Agora, fala-se na “Panasanyo”, resultado da fusão entre duas das marcas mais tradicionais do Japão, confirmada esta semana.

Claro, essa marca é fictícia. É difícil acreditar que a fusão envolva também as duas marcas, até porque ambas têm muito prestígio, principalmente entre os japoneses. Mas é certo que a Panasonic marca um belo gol ao consolidar o negócio que vinha discutindo desde meados do ano passado, como relatamos aqui. Os mais entusiasmados andam divulgando que a compra da Sanyo (na verdade, 50,19% das ações, o que corresponde a US$ 4,6 bilhões) coloca a Panasonic como maior grupo do setor eletrônico do Japão, superando a Sony. Na verdade, o maior conglomerado do setor é a Hitachi, com faturamento anual (oficial) de US$ 113 bilhões; a Sony tem faturamento de US$ 70 bilhões, segundo a Forbes, enquanto a Panasonic tem US$ 77 bilhões. Isso em dados de 2008, ou seja, mesmo sem a Sanyo a Panasonic já estava à frente.

Bem, esses números valem mais para investidores. O que interessa é que a Sanyo é o maior fabricante mundial de baterias, e é justamente nesse segmento que a Panasonic vislumbra crescimento. Às vésperas do lançamento dos primeiros carros híbridos, que estão para sair das fábricas da Toyota, Honda e Nissan, as perspectivas para fabricantes de baterias são excelentes. Especialmente as baterias do tipo níquel-hidrido, nas quais a Sanyo vem adquirindo grande expertise. Em relação a eletrônicos, adquirir o controle da Sanyo não faz muita diferença para a Panasonic.

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