Na próxima vez que você vir um anúncio de operadora prometendo “banda larga com acesso ilimitado”, redobre a atenção. Não sou eu que estou dizendo, mas a A.S.A. (Advertising Standards Association), da Inglaterra, que regula os padrões de publicidade por lá. Segundo li no IDG Now, eles desconfiaram do uso insistente da palavra “ilimitado” por parte das operadoras, ao divulgarem seus planos de serviço. O termo passa a ideia de que o usuário não terá limites de download, quando na verdade a operadora se encarrega de restringir o consumo de banda quando acha que o assinante está, digamos, exagerando. Como cada operadora usa um critério diferente, o pessoal da A.S.A. quer simplesmente banir a maldita palavra dos contratos de prestação de serviço. E definir legalmente como todas devem proceder.

O problema ficou mais grave nos últimos anos com a explosão do uso de smartphones, hoje os maiores consumidores de banda larga do mundo. Com todo mundo se conectando ao mesmo tempo, às vezes até sem necessidade, as operadoras não conseguem dar conta e acabam arbitrariamente limitando as conexões. “Os planos ilimitados de dados são inviáveis”, diz um especialista, Sebastien Lattinen, do site www.thinkbroadband.com. E não dá para discordar, certo?

Curiosamente, outra notícia do IDG Now esta semana fala de um evento na Ásia em que se discutiu exatamente o fenômeno dos smartphones e seu impacto nas conexões de banda larga. Segundo a Nokia Siemens, um dos maiores fabricantes do mundo, a proporção hoje é de quatro smartphones para cada modem de banda larga, desses que são usados em notebooks. Só que telefone é bem diferente de computador. É usado a toda hora, e não dá outra: congestiona a rede mesmo.

Taí um big problema, para o qual até agora ninguém tem a solução.

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