Em abril, quando foi lançado o iPad, o impacto foi tão forte que muitos chegaram a prever a “morte” dos leitores eletrônicos tradicionais. O próprio Kindle, da Amazon, pioneiro nessa categoria de produto, foi dado como condenado; aliás, a Amazon parece ter acreditado nisso, ao promover uma queima de preços incrível nesse produto, que hoje pode ser adquirido na loja virtual por até US$ 139. Para piorar, o Nook, da rede Barnes & Noble (maior livraria de lojas físicas do mundo), está prestes a sair do mercado – uma briga entre os sócios da rede pode levar a empresa para o buraco.

Nesse quadro em que tudo parece favorecer a Apple, parece estar começando uma reviravolta. Segundo a revista PC World, vem aí uma avalance de e-readers no mercado americano, todos bem mais baratos que o iPad e oferecendo mais do que simplesmente a “leitura eletrônica”. Há até um que, pelo nome, deve fazer muito sucesso no Brasil: chama-se “Copia” (isso mesmo, sem acento) e é fabricado pela empresa DMC. A tela tem 5″ e o preço nos EUA é de 99 dólares. Vejam a foto. Faz lembrar alguma coisa?

Até o Natal, devem ser lançados modelos da LG, HP e da Sharper Image. A Sony também promete renovar sua linha de leitores eletrônicos, que até agora ainda não decolou. Sem falar que está previsto um festival de tablets, que oferecem mais recursos, mas também são mais caros que os e-readers. Bom para as editoras e para os consumidores, que assim não ficam mais dependentes da Amazon.

Infelizmente, aqui no Brasil estamos longe dessa realidade. Na última Bienal do Livro, vimos alguns ensaios. A Positivo, por exemplo, acaba de lançar um e-reader. Mas as próprias editoras parecem divididas entre arriscar no novo segmento ou continuar focadas nos livros de papel. E, pra variar, a eterna questão dos altos tributos, que sufocam qualquer tentativa de inovação. Vamos comentar o assunto nos próximos dias.

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