Interessante a forma como os fabricantes – ou pelo menos alguns deles – tratam aquilo que os marketeiros chamam de “posicionamento”, ou seja, como um produto é colocado no mercado, a que preço e visando qual público. Aqui na IFA, tive oportunidade de conversar com Emmanuel Guerritte, um alemão que é responsável pela área de tablets da Toshiba na Europa. Como se sabe, os tablets são a bola da vez para a indústria, depois do estouro do iPad. Já vi uns 15 modelos, inclusive diversos chineses (na verdade, todos são chineses, variando apenas a marca “oficial”).

Mas, voltando à Toshiba, Guerritte me apresentou a nova versão do Libretto, o único tablet (até agora) que tem duas telas, o que teoricamente amplia as possibilidades de uso – você pode, por exemplo, trabalhar numa enquanto na outra sintoniza um canal de TV online; ou ampliar as imagens para ocupar as duas telas. Cada uma tem 7″ e, portanto, na teoria o aparelho pode se transformar num monitor de 14″. Nada mau, certo?

Bem, nem tanto, me disse Guerritte. “Esse não é um produto feito para minha mãe. É preciso entender um pouco de computador para poder usá-lo”. Segundo ele, o Libretto nem deve ser chamado de tablet; a própria Toshiba está lançando aqui na IFA o Folio, este sim um concorrente direto do iPad. O Libretto seria mais um netbook avançado, com tela de toque e teclado virtual. Nos EUA, custa em torno de US$ 1.100, ou seja, preço de um bom notebook. Mas não se engane pelo tamanho: é um player multimedia, para ler, jogar, ver vídeos, ouvir música e, é claro, navegar sem fio (WiFi N). Assistam aqui ao vídeo que fizemos.

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