A chamada computação em nuvem (cloud computing) é uma das bolas da vez entre os experts em tecnologia. Gurus afirmam que é inevitável todos entrarmos na tal nuvem e até dão dicas sobre como fazê-lo. Empresas gastam milhões para pesquisar as possíveis vantagens. Mas, assim como acontece nas redes sociais, ninguém parece ter respostas afirmativas para todas as dúvidas que surgem.

Por exemplo: o excelente site Convergência Digital trouxe esta semana a opinião de advogados sobre o impacto da nuvem na investigação dos crimes cibernéticos, uma das grandes pragas da atualidade. Simplesmente, não há consenso. Ou, se há, é o que de que é preciso continuar estudando a fundo o problema, que tende a crescer conforme ampliam-se as redes virtuais e aumentam as velocidades de conexão.

O mesmo site, aliás, traz entrevista em vídeo com um diretor do Gartner, um dos mais respeitados institutos de pesquisa do mundo, defendendo a criação de uma espécie de “nuvem estatal” para cuidar do problema, já que é impossível compatibilizar os interesses das empresas e dos cidadãos. Não é de causar arrepios? Diante das recentes denúncias sobre invasão de dados sigilosos da Receita Federal, como aceitar que um órgão de governo (qualquer governo) fique responsável pelas informações lançadas “na nuvem” pelas empresas? Se esses bandidos encalacrados no Estado já fazem o que fazem sem nuvem alguma, imaginem o que fariam tendo uma estatal a lhes dar cobertura?

Sim, é de arrepiar!

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