Não sei se posso chamar de “novidade”, mas uma pesquisa da consultoria Teleco, a mais respeitada do Brasil no setor, indica que o Brasil terá dificuldades para montar uma estrutura de banda larga confiável até a Copa de 2014. Nesta terça-feira, na Futurecom, que está acontecendo em São Paulo, Eduardo Tude, presidente da Teleco, apresentou os dados obtidos num estudo realizado nas cidades escolhidas como sedes do evento. A capital paulista, disse ele, é a melhor preparada, oferecendo velocidade de até 945Kbps. Está muito longe do que Tude e a maioria dos especialistas considera o mínimo necessário: de 2 a 3Mbps.

A pesquisa foi feita em parceria com a Huawei, fabricante chinesa de equipamentos para redes. Os pesquisadores percorreram 157 quilômetros de rotas consideradas essenciais para a Copa, e foram monitorando as conexões. Áreas estratégicas – como a região em torno do Aeroporto de Guarulhos e a Rodovia Ayrton Senna (que liga o aeroporto à cidade) – apresentaram sinal de baixa qualidade. “Além de garantir a velocidade, as operadoras terão que atender uma demanda muito grande durante o evento”, diz Tude. “Exigirá soluções combinadas entre banda larga fixa e celular 3G”.

Sim, há tempo para melhorar essa estrutura. Dá até para sonhar que teremos uma rede 4G até lá. Mas, se esses projetos forem implantados da mesma maneira que estão sendo as reformas dos estádios, vai ser um pesadelo.

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