Para acrescentar às discussões que tiveram início aqui na semana passada, em torno dos profissionais especializados em home theater: a CEA (Consumer Electronics Association), que congrega os principais fabricantes de equipamentos eletrônicos do planeta, anunciou que as vendas de soundbars estão explodindo nos EUA. O crescimento deve atingir nada menos do que 113% este ano, em dólar, na comparação com 2009; em unidades vendidas, o aumento foi maior ainda: 139%. a CEA considera soundbars as caixas acústicas – ativas ou passivas – que trazem vários alto-falantes para simular o efeito surround numa sala de home theater. Em 2009, esses aparelhos representaram 6% de todos os aparelhos eletrônicos vendidos (exceto TVs); este ano, pulam para 11%; e, no ano que vem, 12,8%.
Por que estou citando esses dados aqui? Porque as soundbars – que alguns chamam “surroundbars” – são odiadas por dez entre dez instaladores profissionais, já que permitem ao próprio usuário instalar seu home theater sem maiores dificuldades. Não há necessidade de se preocupar com passagem de cabos, posicionamento etc. O resultado, é claro, não é igual ao que se obtém usando cinco (ou sete) caixas de bom nível, devidamente posicionadas e com cabos do mesmo padrão. Mas a maioria dos usuários não percebe a diferença e, considerando custo e facilidade de instalação, tende a preferir essa solução, digamos, minimalista.
É apenas mais um exemplo de como evolui a tecnologia de áudio. Para muitos consumidores, de pouco adiantarão os argumentos técnicos do instalador, que nessa hora precisará oferecer outro tipo de atrativo. Qual? Não sei. Mas com certeza não será acusar fabricantes e distribuidores de “gananciosos”.

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