Não costumo tratar aqui de artistas, nem de cinema, mas essa história do ator Charlie Sheen daria um filme… se é que já não tem alguém em Hollywood pensando no roteiro. Esta semana, ele literalmente “chutou o balde” ao dar entrevista criticando o produtor da série “Two and a Half Men”, um dos maiores sucessos da televisão nos últimos anos. Falando a uma rádio americana, Sheen usou até palavrões e piadas antisemitas, o que deixou furiosos os diretores da Warner (produtora da série) e da CBS (emissora que a exibe nos EUA). Não demorou mais do que algumas horas para que ambas, em comunicado oficial, anunciassem a demissão de Sheen e o fim das gravações da série, em plena metade de temporada.

Em vez de se desculpar, Sheen não só repetiu as críticas como iniciou um movimento através do Facebook, pedindo aos fãs que pressionem as duas empresas a voltar atrás. Se fosse pela qualidade da série, acho que muitos até o fariam. “Two and a Half Men” é uma das mais engraçadas (no Brasil, vai ao ar pelo canal pago Warner). O problema é que Sheen não tem a menor credibilidade, nem mesmo junto aos fãs mais ardorosos. Seu prontuário inclui diversas internações e até detenções por uso de cocaína (até aí tudo bem, não seria o primeiro nem o último); brigas com colegas de trabalho; solicitar os serviços da famosa cafetina Heidi Fleiss, a chamada “Madame Hollywood”; e – pior de tudo – diversas traições e agressões a sua esposa, Brooke Mueller, que no final do ano passado não aguentou mais e pediu divórcio (os dois estão juntos na foto).

Até o pai de Charlie, o também ator Martin Sheen, parece ter desistido de apoiar o filho: “O vício é uma espécie de câncer. É preciso muita paciência e amor para cuidar de uma pessoa assim”. Realmente, é uma situação dolorosa, como sabe qualquer pessoa que já teve algum parente ou amigo nessa situação. Incrível é que, na série, Charlie Sheen é tão engraçado que nem de longe lembra uma pessoa com tantos problemas pessoais. A partir de agora, vai ficar cada vez mais difícil rir das suas piadas.

1 thought on “Charlie, o rei da confusão

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