Vimos esta semana os novos TVs 3D da LG, que utilizam óculos passivos (sem bateria). São óculos mais leves e bem mais baratos, parecem aqueles de cinema. Segundo a empresa, com isso o preço final dos TVs deve cair bastante – até porque a LG está ampliando sua linha de produção em Manaus e construindo mais três fábricas no Brasil (uma de TVs, uma de linha branca e uma de ar-condicionado). Os ganhos de escala quando se trabalha dessa forma são imensos.

Tecnicamente, não percebi muita diferença entre os dois tipos de imagem 3D (vejam aqui um vídeo). Mas os óculos, sem dúvida, são mais confortáveis; eu, que uso óculos normal, gostei das lentes 3D que podem ser sobrepostas, o que causa bem menos irritação do que ter de usar dois óculos, um por cima do outro. Apesar de muita gente reclamar, esse acessório continuará sendo indispensável por um bom tempo para quem quiser ver imagens tridimensionais – os TVs 3D sem óculos, que vimos em feiras no Exterior, ainda vão demorar. Mas o maior problema da tecnologia 3D ainda é a falta de conteúdo. Passando por Nova York no último fim de semana, procurei filmes desse tipo e encontrei quase nada – alguns desenhos animados, um ou outro documentário, e só. Trouxe um, com imagens fantásticas do Grand Canyon. Mas, convenhamos, é muito pouco.

O que pode mudar esse mercado é o lançamento das filmadoras e smartphones 3D. Panasonic, Sony e Samsung, além da própria LG, devem lançar esse tipo de aparelho no Brasil ainda no primeiro semestre. Com a possibilidade de fazer suas próprias gravações em 3D, talvez o consumidor se anime. É o que lhe resta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *