Levei um susto agora, ao ler a notícia de que Paul Allen, fundador da Microsoft ao lado de Bill Gates, está lançando um livro em que conta os chamados “podres” do ex-sócio. Entre outras coisas, mr. Allen diz que Gates era autoritário, não reconhecia sua contribuição para o crescimento da empresa, tentou puxar o seu tapete (numa trama com o atual CEO da MS, Steve Ballmer – ambos teriam sido flagrados “no ato” por Allen) e até tirar-lhe parte das ações quando a empresa começou a crescer.

A versão de Allen, que está surpreendendo a maioria dos especialistas em Microsoft, está no livro “Idea-Man: a Memoir by the Co-founder of Microsoft”, que chega às livrarias americanas em abril. Partes do livro saíram na edição deste mês da revista Vanity Fair (leia aqui). Fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal dizem achar estranho que Allen solte o verbo agora, passados tantos anos desde que saiu da Microsoft, em meados da década de 80 (nas fotos, ele aparece na época da fundação da empresa e anos depois de ter saído). E não se pode dizer que Allen saiu mal: a última lista de bilionários da revista Fortune o coloca em 57° lugar (Gates, claro, continua sendo o número 1). Anos atrás, quando foi internado para tratar um câncer, Gates foi visitá-lo no hospital, e Allen declarou que ele era “muito mais que um amigo”.

Para mim, pessoalmente, o mais complicado é que conto a história da Microsoft em meu livro “Os Visionários”, que está chegando às livrarias, e em toda a pesquisa que fiz não há sequer um mínimo sinal de desentendimento entre os dois. Vou ter que mudar tudo na próxima edição do livro!

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