A Amazon.com, maior loja virtual do planeta, é mais uma gigante da tecnologia que estuda entrar no mercado brasileiro. O peruano Pedro Huerta, o homem do grupo para a América Latina, já conversou com diversas editoras brasileiras. Confirmou aquilo que outras empresas estrangeiras já sentiram na pele: há muitos consumidores em condições de se tornarem clientes assíduos, mas a infraestrutura do país não ajuda em nada. Ao pesquisar os preços praticados pelo e-commerce por aqui, os executivos da Amazon chegaram a pensar que poderiam nadar de braçada. Bastou analisarem a estrutura de custos para mudarem rapidinho de ideia.

Como se sabe, há muito tempo a Amazon, fundada em 1996, deixou de ser apenas uma loja de discos e livros; seu menu atual cobre mais de 3 mil itens, de eletrônicos a brinquedos. Seria certamente líder no mercado virtual brasileiro – se pudesse contar com as facilidades disponíveis nos EUA, tanto em termos de logística (para armazenamento e transporte dos produtos até a casa dos clientes) quanto em tributação e burocracia; sem falar num item que, para os americanos, é quase impensável: a segurança.

Diante desse quadro, o board da Amazon decidiu: pelo menos num primeiro momento, só irá vender aqui livros, e mesmo assim em versão digital. Há dias, a empresa anunciou que as vendas de ebooks ultrapassaram as de livros impressos, um marco na evolução desse produto tão jovem (o Kindle, primeiro leitor de livros eletrônico, foi lançado em 2007). Com a rápida popularização dos tablets, os especialistas acreditam que as vendas de livros digitais irá explodir nos próximos anos, inclusive no Brasil, que não tem tradição no setor.

Ainda assim, esbarramos num outro problema, segundo reportagem recente da Folha de São Paulo: mesmo para converter livros impressos em eletrônicos, os custos no Brasil são incrivelmente mais altos do que na Europa e nos EUA.

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