Em plena era da informação fragmentada, está chegando ao mercado (primeiro nos EUA) a versão para iPad da Enciclopaedia Britannica. Os mais jovens podem não se lembrar (ou nem imaginar), mas antes da internet as enciclopédias eram as principais fontes de consulta sobre qualquer assunto. Quando ainda não se podia “dar um google”, as pessoas corriam a suas estantes, apanhavam aqueles livrões que pesavam vários quilos e procuravam, nas letrinhas miúdas, o significado do que quer que fosse. Pensava-se que, como a brasileira Barsa, a Britannica já tivesse morrido. Mas, não: além de um site atualizado periodicamente, agora vem aí o aplicativo para iPad e – segundo The Wall Street Journal – outros para iPhone, Android etc.

Dificilmente a Britannica conseguirá ser tão abrangente quanto a Wikipedia, que hoje ostenta nada menos do que 3,7 milhões de verbetes; nem será tão avassaladora quanto o Google, que sem ser uma enciclopédia acaba cumprindo essa função para milhares de estudantes e profissionais. Uma coisa, porém, é certa: a nova versão será editada e revisada por experts em cada assunto e não terá anúncios. Você (digo, quem mora nos EUA) irá pagar 2 dólares por mês para ter acesso a todo o seu conteúdo, quando quiser.

Sem tê-la visto, ouso afirmar que o pesquisador, ao consultar a Britannica online, dificilmente cairá nas armadilhas que Google, Wikipedia, Yahoo e outros serviços do gênero vivem pregando em seus usuários. Outro dia, digitei no Google a expressão “TV 3D”, em busca de artigos técnicos a respeito, e o que me apareceu foi uma interminável sucessão de ofertas para comprar um televisor. Quase larguei o computador e fui procurar algo na estante!!!

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