Ainda que a nova lei da TV por assinatura possa mudar o quadro nos próximos anos, está claro que esse é um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira – não à tôa, continua atraindo investimentos de grandes grupos de mídia internacionais. É fácil fazer a conta. Hoje, menos de 12 milhões de famílias brasileiras têm acesso ao serviço, ou seja, cerca de 6% da população. Na Argentina, por exemplo, esse percentual já passa de 70%; no Chile, é de 20% e no México, 30%.

Talvez exatamente por partir de uma base minúscula, o Brasil é – ao lado da China – o mercado que mais cresce em número de assinantes. Os dados mais recentes da Anatel mostram que o total de domicílios atendidos mais do que duplicou entre 2006 e 2010: de 4,5 para 9,7 milhões; e que devemos terminar este ano na casa dos 12,7 milhões – em agosto último, as operadoras somavam 11,6 milhões de assinantes. O site da Teleco – o mais completo do setor – detalha esses números e os compara com os dos segmentos de telefonia e banda larga, onde o crescimento também vem sendo expressivo. E Samuel Possebon, no Pay-TV, compara a evolução de cada operadora e de cada segmento, usando dados de junho. Exemplos:

*A Net continua sendo líder, com 4,428 milhões de assinantes, mas perdeu market-share (de 41,5% para 39,9%);

*A Sky continua em segundo lugar, com 3,174 milhões de clientes e 28,6% de share, e em números absolutos foi a que mais cresceu este ano: tinha 2,552 milhões em dezembro de 2010;

*Via Embratel (com 14,3% de participação), Telefônica (4,8%), Oi TV (3,2%) e TVA (1,4%) vêm a seguir.

*O sistema DTH (TV via satélite) se mantém como o que mais cresce – 30% de janeiro a agosto, contra apenas 6% da TV a cabo.

*Na comparação por regiões, vejam só: Nordeste, 27,5% de aumento nesses mesmos oito meses; Norte, 23,7%; Sudeste, 16%; Sul, 13%; e Centro-Oeste, 18%.

Curioso lembrar que, com a nova lei, Net e Via Embratel devem se fundir sob um único comando, assim como Telefônica e TVA. O que acontecerá com o mercado? Provavelmente, irá crescer mais rápido ainda.

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