Não é assunto agradável de se comentar, mas cresce a cada dia a importância de saber usar os recursos tecnológicos em favor das pessoas com necessidades especiais. Esse é um segmento que já movimenta muito dinheiro nos EUA, Japão e na Europa, onde a população acima de 65 anos é bem mais alta que no Brasil. E trata-se de uma tendência irreversível: as pessoas estão vivendo mais tempo, inclusive aqui, o que é ótimo.

A revista americana CE Pro, voltada a profissionais de sistemas e projetos eletrônicos, vem tratando desse assunto desde o ano passado, ao mostrar que o envelhecimento da população e a crise econômica estão abrindo um novo mercado para os profissionais de tecnologia. E é fácil de entender. Com os recursos atuais, sai muito mais barato manter uma pessoa doente em casa do que no hospital. Todas as famílias devem se preparar para essa situação, e aquelas que investem, por exemplo, num sistema de automação residencial não terão dificuldade em entender como é importante incorporar recursos que facilitem a vida dos mais velhos.

Entre esses recursos, incluem-se paineis de controle com interfaces gráficas que qualquer pessoa pode entender e acionar; sistemas de monitoramento doméstico que podem ser conectados 24 horas por dia com médicos e pronto-socorros; webcams que permitem visualizar o paciente a distância; controles remotos que podem ser programados de acordo com a rotina das pessoas que exigem mais atenção; desfibriladores e medidores de pressão ligados à internet. Tudo isso já é acessível e – melhor ainda – já pode ser integrado aos controles atuais, que comandam home theater, luzes, ar-condicionado etc.

Profissionais do setor, portanto, mãos à obra. Eis aí mais uma oportunidade.

2 thoughts on “A tecnologia e os doentes

  1. Olá! Como nerd, geek, ou seja lá o que eu for , adoro tudo o que se relaciona com a tecnologia. Mas às vezes tenho dificuldade de entender a que público você se dirige quando escreve certas coisas.

    Óbvio que com o passar dos anos, famílias de classe média pra cima terão toda essa automação em diversos setores de suas vidas. Mas penso que esta realidade não existirá nem daqui a dez anos para esta camada da sociedade. Pelo menos não em larga escala.

    Embora seja louvável o seu esforço em aumentar a mão de obra deste mercado, devo lembrar que apenas uma minoria agraciada pode se dar ao luxo deste tipo de recurso. Além disso, muitos destes “agraciados” muitas vezes sequer pensam em coisas assim.

    Lendo esses artigos, me sinto como quando assisto comerciais de carros cuja chamada diz: Apenas R$64.990,00. Como assim “cara pálida”? Aliás, parei de ler aquela revista do Andrette exatamente por essas pérolas. Toda vez que terminava de ler, eu pensava: gente com quem que este cara pensa que está falando? Com um recente ganhador da mega-sena? Com o Abílio Diniz? Com quem?

    Não entenda mal os meus questionamentos. Acima de tudo sou um entusiasta também (por exemplo, no Htforum chegamos até discutir outro dia como seria uma sala de cinema daquia a muitos anos. Chegamos a falar até de holografia). Mas tenho senso de realidade o suficiente pra entender que mesmo quem pode, pensa 50 vezes antes de fazer.

    Abs

  2. Valeu, Renato. Como sempre, respeitamos a sua opinião. Abs. Orlando

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