Mais de metade dos produtos lançados na última CES, duas semanas atrás, trazia algum tipo de conexão com a internet. É o que diz pesquisa da GSMA, associação internacional que representa as operadoras de comunicação móvel. Seus dados são incontestáveis: 90% dos TVs que vimos em Las Vegas, 30% das câmeras, 44% dos aparelhos usados em cuidados com a saúde e 70% dos recursos introduzidos em automóveis tinham ligação com o uso da internet.

Traduzindo: não há como escapar. Cada vez mais estaremos conectados, e os chamados Smart TVs – que permitem acesso direto à web, sem computador – são apenas a parte mais visível desse iceberg. O levantamento inclui todo tipo de gadget usado para os mais diversos passatempos, e ainda vai até a cozinha: o setor de eletrodomésticos pela primeira vez marcou presença na CES este ano, com refrigeradores e máquinas de lavar que também se conectam à internet!

Outros exemplos na mesma linha: cortina motorizada que pode ser aberta (ou fechada) remotamente, através de um aplicativo; aspirador de pó que você pode comandar também à distância, acompanhando seus movimentos pela tela do celular; tablets para uso debaixo d’agua, sem perder o contato com sua rede; e por aí vai. E há, claro, os automóveis. Segundo a GSMA, existem hoje rodando pelas ruas e estradas do mundo cerca de 1,8 bilhão de veículos, dos quais apenas 1% conseguem se conectar à internet (dados de 2011). Para 2020, a previsão é de que esse percentual subirá para 14%. Considerando que a frota mundial só tende a crescer, pode-se imaginar o tamanho desse mercado.

É o que alguns especialistas estão chamando, vagamente, de “internet das coisas”. De todas as coisas, enfim. Mais detalhes sobre o estudo, aqui.

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