Nesta sexta-feira, 29 de junho, completam-se cinco anos do lançamento do iPhone. Lembro bem daquele dia. Durante um evento que organizávamos em São Paulo, um dos palestrantes mostrou num telão o primeiro vídeo promocional do produto, que acabara de ser distribuído pela Apple. Ficamos, todos os presentes, boquiabertos. Eu, particularmente, ainda não tinha visto imagens do aparelho, nem imaginava como seria manusear uma “tela de toque” – tinha assistido apenas a frias demonstrações.

Bem, não preciso me estender na história. Todo mundo sabe o impacto do iPhone na vida moderna, a começar do fato de que, hoje, está ficando raro encontrar um celular que não tenha tela desse tipo. O site americano Business Insider lista uma série de mudanças que o mundo experimentou a partir do produto criado pela Apple, simplesmente o eletrônico de maior sucesso em todos os tempos. Segundo a empresa de pesquisas Strategy Analytics, já são mais de 250 milhões de unidades vendidas (100 milhões apenas nos últimos doze meses), que geraram ao fabricante uma receita de US$ 150 bilhões.

Mas o mais interessante foi o levantamento feito pelo site NetworkWorld, sobre o que foi dito na época do lançamento (junho de 2007). Sua equipe pesquisou artigos escritos por vários experts na ocasião, todos prevendo que o iPhone seria um fracasso! Equivale a uma aula de humildade. Algumas pérolas coletadas:

“Esse não é o futuro. Meu Nokia e61 é muito melhor”. (Brett Arends, jornalista especializado em finanças, hoje trabalhando no The Wall Street Journal).

“A Apple é incompetente para explorar novos mercados. O iPod foi exceção. O iPhone irá desaparecer com o tempo”. (Mitchell Ashley, executivo de TI e blogueiro).

“O iPhone será uma grande decepção” (Al Ries, consultor de marketing)

“O iPhone será um fracasso, porque seu design está totalmente errado”. (David Platt, programador de computadores e professor em Harvard).

Curioso que o pessoal do site foi atrás dessas pessoas agora, para saber o que teriam a dizer sobre tais previsões. A maioria reconheceu o erro. Mas ninguém foi mais humilde do que Todd Sullivan, consultor de investimentos, que na época recomendou a seus clientes que não comprassem ações da Apple. “O iPhone vai ser um fracasso, e as ações vão despencar”, escreveu ele num relatório. Procurado esta semana para se explicar, Sullivan mandou por email a seguinte mensagem:

“Eu estava errado – enviado do meu iPhone”.

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