Embora seja uma das principais apostas da indústria eletrônica para os próximos anos, a tecnologia OLED está sendo reavaliada. Pelo menos, é o que diz o bem informadíssimo site japonês (escrito em inglês) Digitimes. Os dois maiores grupos que investem nesse tipo de display – as coreanas Samsung e LG – revisaram os planos de fabricação, diz o site, para números mais conservadores. O problema, como se previa, é que não se encontrou até agora uma forma de reduzir os custos de fabricação e, portanto, o preço final desses aparelhos, quando chegarem ao mercado, será bem salgadinho.

O modelo da LG, por exemplo, que tem 55 polegadas e deve ser lançado primeiro (a previsão para o mercado coreano é julho; para Europa e EUA, setembro), tem preço estimado em US$ 8.000; o da Samsung, também de 55″, mas que utiliza um sistema diferente para composição das imagens, ficaria na casa dos US$ 10.000. Isso equivale a cerca de três vezes o custo médio de um TV atual. E, como lembrou outro dia o presidente da Panasonic, Kazuhiro Tsuga, a tendência é que os TVs OLED sejam mesmo caros por um bom tempo.

Não estranha que as duas coreanas, líderes atuais do mercado e com muito dinheiro para investir, tenham cortado suas previsões de venda. A LG anunciou de início que produziria 100 mil unidades por mês, mas reduziu agora para 50 mil. A Samsung chegou a planejar 200 mil, mas até agora não confirmou os novos números. Entre os especialistas, a impressão é que a Samsung irá esperar o lançamento da LG para só então se definir – seu lançamento ficaria então para 2013 (mais detalhes aqui).

Há também razões técnicas para essa revisão de planos. Existem três ou quatro tipos de painel orgânico para vídeo, e os fabricantes ainda não dominam as respectivas tecnologias de fabricação. O segredo está em produzir diodos minúsculos para recriar a imagem a partir de subpixels correspondentes às três cores primárias: verde, azul e vermelho. A LG escolheu o processo aparentemente mais rápido e barato (ou menos caro), chamado WOLED, ou “OLED branco”. Nele, há quatro diodos emissores de luz, todos brancos (a cor que sintetiza todas as outras), só que três deles recebem filtros RGB. Já a plataforma da Samsung prevê o uso de OLEDs com subpixels RGB nativos.

Qual dos dois terá melhor performance? Veremos quando pudermos colocá-los lado a lado. Espero que seja breve. Apenas lembrando: vídeos que fizemos com os dois aparelhos estão disponíveis no hot site CES 2012. Vale a pena assistir.

3 thoughts on “TVs OLED: coreanos mais cautelosos

  1. “a tendência é que os TVs OLED sejam mesmo caros por um bom tempo” … ouvi isso quando comprei minha TV de LED logo no lançamento, por um preço que hoje classificaria como “absurdo”, e num tempo nem tão longo assim já passaram a ser vendidas com o preço de LCD… … WOLED ou RGB Nativos… já começaram as diferenças, como as telas Full LED´s ou não… paciência nesse mundo de tecnologias voláteis!

  2. mas isso é normal, amigo. Hoje em dia simplesmente não compensa comprar algo muito caro. Pouco tempo depois vai custar uma fração do preço de antes. Isso se não aparecer outra tecnologia que a substitua.

  3. É porque você foi enganado. A sua TV de LED não é nem nunca foi de LED. A TVs OLED é que sim, são de painéis de LED.

    A chamadas TVs de “LED’ tem apenas a luz de backlight de LED. O painél é LCD.

    Já as OLED não. O painél é de LED, do tipo orgânico. Daí o OLED.

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