Um dos principais expositores da Expo PredialTec, que está acontecendo até amanhã em São Paulo, é a Z-Wave, que montou um belo estande em parceria com a distribuidora Chiave, de Florianópolis. Para comprovar a importância do Brasil em seus negócios, a empresa enviou Bent Sorensen, seu diretor internacional de vendas, para visitar a Feira (Sorensen fará também uma apresentação amanhã, no Congresso HABITAR). Outra prova de prestígio do país foi a nomeação de Jean de Simone, da Flex Automation, que há dez anos distribui os produtos Z-Wave aqui, como “evangelista” desse padrão para a América Latina.

Conversei com ambos ontem durante o evento e pude sentir o entusiasmo em relação ao potencial do mercado. Segundo Sorensen, o crescimento vem sendo exponencial nos últimos anos, e deve continuar assim por algum tempo. Quando perguntei sobre China, Índia e outros grandes países, ele respondeu na hora: “Não há a menor dúvida de que o Brasil está à frente de todos. Nada se compara ao potencial de desenvolvimento brasileiro, em termos de infraestrutura, telecomunicações, construções, energia e outros segmentos onde nosso produto é uma ótima solução.”

É importante lembrar que o padrão Z-Wave, criado na Dinamarca e hoje utilizado por cerca de 160 empresas em todo o mundo, tem um forte concorrente: o padrão Zigbee, também utilizado no Brasil. Ambos são defendidos por alianças de fabricantes, e ambos têm seus defensores ardorosos. As estatísticas atuais favorecem o Z-Wave, pelo menos no mercado americano. No Brasil, o fato de haver uma empresa atuando fortemente para promovê-lo também é um diferencial importante (vejam aqui).

Os dois são protocolos de comunicação sem fio, com uma vasta gama de aplicações. No segmento de automação residencial e predial, competem lado a lado, funcionando como complemento para redes Wi-Fi e Bluetooth. Mas, segundo Sorensen, o objetivo da Z-Wave Alliance é mais amplo: “Estamos criando o único sistema que é interoperável com tudo que já existe”, disse-me ele. “Não importa se você tem um notebook Wi-Fi, uma rede Ethernet, um celular Bluetooth, os produtos Z-Wave podem ‘conversar’ com todos. A ideia é ter um ecosistema descomplicado, que o usuário possa acionar em qualquer situação.”

 

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