Todo mundo já deve ter feito uma lista dessas, pelo menos uma vez na vida: as coisas mais irritantes nos produtos e serviços eletrônicos que usamos diariamente. Na hora da raiva (quando, por exemplo, cai a conexão da internet ou o cartão de crédito não passa na maquininha da loja), dá mesmo vontade de xingar Bill Gates, Steve Jobs e todos os outros “visionários” que inventaram essas coisas.

Mas, calma, não é para tanto. Roberto Baldwin, repórter da revista Wired, a melhor do mundo em tecnologia, respirou fundo e foi conversar com seus colegas da redação para, com muita tranquilidade, escrever uma lista das doze tecnologias que mais os irritam. Algumas são quase que unanimidade, outras nem tanto, e há ainda algumas que foram muito bem lembradas. Vejam só:

1.Comandos de voz – Por mais que esse recurso tenha sido aperfeiçoado, ainda é grande a proporção de falhas. Baldwin e seus colegas concordam que poucas coisas fazem as pessoas perderem mais a paciência do que ficar falando (às vezes gritando) com o celular ou o TV, sem conseguir que o aparelho obedeça.

2.Alarmes de automóvel – Esta certamente tem adesões pelo mundo afora. Quantos de nós já não fomos acordados no meio da madrugada por uma sirene que, na teoria, foi feita apenas para evitar o roubo do veículo, cujo proprietário “esqueceu” de desativar? Ou que simplesmente funcionou por engano?

3.Câmera de iPad – Baldwin e sua turma acham “ridículo” usar um tablet para fotografar, considerando que, na maioria dos casos, os donos possuem uma câmera ou celular que podem fazê-lo com muito mais discrição.

4.Máquina de fax – Aqui, sou obrigado a discordar do colega americano. Ele acha “inadmissível” que alguém ainda use papel; me parece que, em muitas situações, isso é simplesmente inevitável.

5.Secador de mãos – São aquelas geringonças que encontramos em alguns banheiros públicos e que ninguém jamais teve coragem de usar em casa. Você pode até queimar as mãos ali, mas secá-las, mesmo, é difícil.

6.Máquinas de cartão de crédito – Na teoria, é uma ótima ideia: basta passar o cartão e tudo está resolvido. Resolvido? Sim, desde que você digite a senha certa, que as teclas do aparelho estejam funcionando, que a atendente coloque o valor correto, que a conexão com a operadora não caia… Baldwin acrescenta mais um “perigo”: já pensou quantas bactérias estão ali naquele teclado à sua espera, depois que centenas de outros clientes já as apertaram? Bem lembrado.

7.Códigos de barras – Aqui, ainda não é muito comum. Mas, nos EUA, é grande o número de serviços que utilizam o celular como leitor desses códigos: lojas, cinemas, aeroportos, convênios de saúde etc. O problema é que, para cada um, é preciso ter o app baixado no celular. O consolo: a tecnologia NFC (Near-field Communication), muito mais avançada, está chegando.

8.Rádio-relógio – Sim, este é um dos aparelhos mais odiados do planeta; e a foto usada pela Wired para ilustrar o texto (acima) é autoexplicativa a respeito. Infelizmente, alguém precisa acordar em determinada hora. E quem consegue, se não for com essa maravilha tecnológica?

9.Subwoofer de carro – Outra provável unanimidade mundial. Poucas coisas dão mais dor de cabeça do que aqueles motoristas que passeiam tranquilamente com o som a todo volume, como se a cidade inteira estivesse querendo ouvir a mesma música. Aí, tenho que fazer a ressalva, não é culpa da tecnologia, mas do idiota que a está usando.

10.Captcha – Não sabe o que é? São aquelas letrinhas tortas que alguns sites pedem para você digitar, como forma de verificar a autenticidade (ou seja, verificar se você é você mesmo!). É o típico caso de uma tecnologia que ainda não chegou à idade smart.

11.Facebook – Sério. A equipe da Wired incluiu a rede social mais famosa do mundo entre as piores tecnologias já inventadas. Conheço gente que concorda, mas o próprio autor do texto diz que não consegue viver sem. Só não entende (nem eu) por que a toda hora pedem para reconfigurar os controles de privacidade. E, acrescento, por que a toda hora ficam mudando o layout? Coisa de nerd.

12.Jornalistas especializados em tecnologia – Por fim, Baldwin faz sua autocrítica: nunca estudou informática, até os 20 anos mal sabia mexer num computador, e tem a petulância de ficar criticando as coisas que outros inventaram. E que tanta gente usa sem reclamar. Como diria o brilhante Tutty Vasques, ô raça!!!

Alguém quer acrescentar outras à lista?

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