multitelas (modelo)As estatísticas disponíveis são unânimes: no mundo inteiro, as pessoas assistem cada vez mais a vídeo. Sejam os vídeos pessoais, que circulam pelas redes e muitos colocam no YouTube, sejam os sites de compartilhamento onde se encontram vídeos até de graça, sejam as lojas virtuais (iTunes, Amazon, Netflix), o vídeo – como diz meu amigo Antonio Salles, especialista na matéria – é a grande “novidade” do mercado.

Se essa é a realidade mundial, imaginem no Brasil, onde 90% da população é fissurada por televisão (uma das formas de distribuição de vídeo). Não é coincidência que quase todas as operadoras de TV por assinatura, e mesmo as principais emissoras abertas, estejam expandindo a oferta de conteúdos sob demanda. VoD (Video-on-Demand) é a palavra da hora, e quem conseguir oferecer a melhor e maior variedade de serviços nesse formato tem tudo para liderar o mercado.

Apenas nas últimas semanas, vejam o que foi anunciado no Brasil em VoD:

Globosat – A maior programadora nacional, que foi a primeira a investir em VoD, com o serviço Muu, não está economizando nessa área. Utiliza a força de suas marcas Telecine e GNT para atrair mais parceiros. Um dos acordos (com Sony Music e Universal Music) prevê a criação do canal +BIS, dedicado a distribuir shows e documentários sobre música. Será um serviço do tipo S-VoD, ou seja, sob demanda mas com pagamento de assinatura mensal. Receitas culinárias, esportes e conteúdos culturais também estão sendo direcionados a canais específicos de VoD, onde o assinante das operadoras que exibem os canais Globosat poderá, na prática, escolher o quê e quando assistir.

(Cabe aqui uma observação. De todas as empresas brasileiras de TV paga, a Globosat é certamente aquela que tem melhores condições de explorar o formato VoD, devido à enorme quantidade de conteúdos produzidos pelos seus canais – e é justo incluir aí o que sai da própria TV Globo. Vai ser difícil alguém competir).

Claro TV – A um passo de unificar suas operações com a Net (ambas agora pertencem ao mesmo dono, o grupo mexicano America Móvil), a Claro ainda pode distribuir os mesmos conteúdos do Now, da própria Net, que foi o primeiro serviço VoD do país. Seu serviço Claro Vídeo libera esses conteúdos para serem vistos em smartphones, tablets e notebooks, o que interessa à estratégia do grupo de roubar clientes, por exemplo, da Telefônica (hoje Vivo) e da Oi.

Vivo TV – Assim como a Claro, a operadora que herdou os assinantes da Telefônica e da TVA está agora distribuindo conteúdo pelos TVs smart da Samsung. E seu serviço Vivo Play já atinge usuários do videogame Xbox, além dos que possuem aparelhos portáteis de acesso à web. Maior operadora de celular do pais, a Vivo luta para manter sua enorme base de assinantes, mais do que nunca assediados pelas concorrentes.

2 thoughts on “Correndo atrás do VoD

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