kaleidescape_mini_systemNa última sexta-feira, a distribuidora Audiogene realizou jantar para seus revendedores, em que apresentou suas novas linhas de produtos: as caixas acústicas e fones de ouvido da francesa Focal, os amplificadores e processadores da canadense Bryston e os servidores multimídia da americana Kaleidescape. As três são marcas high-end em seus segmentos e, principalmente no caso da última, vêm trazer um tremendo upgrade ao mercado brasileiro.

Sobre a Focal-JMLab, já comentamos aqui em fevereiro, quando saiu a notícia (agora, os produtos estão efetivamente nas lojas, e falaremos deles em breve). A Bryston faz parte de uma longa tradição do Canadá no setor eletrônico. Mas o caso da Kaleidescape merece ser analisado à parte. Fundada em 2001 por um grupo de investidores do Vale do Silício, a empresa foi praticamente quem lançou no mercado americano o conceito de media center, que alguns chamam “servidor de mídia”. A princípio, eram computadores dotados de memória e processamento robustos para suportar milhões de bytes (hoje são trilhões) vindos de diversas fontes e distribuí-los em rede. Com o tempo, evoluíram para supercomputadores, daí a denominação “servidor”.

Nos seus primeiros anos, a empresa teve sérios atritos com os estúdios de Hollywood e respondeu a vários processos judiciais. A acusação era de facilitar a pirataria: pode-se armazenar centenas de filmes no servidor, com qualidade de Blu-ray, algo que o pessoal de cinema nunca engoliu. Após milhões de dólares gastos nos processos, chegou-se a um acordo. Hoje, os aparelhos da Kaleidescape fazem exatamente a mesma coisa, só que foram criadas algumas limitações para impedir as cópias ilegais.

Você pode estar se perguntando: media centers e supercomputadores não existem aos milhares por aí? Sim, por isso mesmo, os fundadores da empresa – tendo à frente Michael Malcolm, que teve a ideia logo após montar seu home theater – buscaram uma diferenciação. Investiram pesado em design, a tal ponto que ter um desses aparelhos na sala passou a ser um luxo, e adotaram uma rígida política comercial. Todos os produtos da marca são registrados, assim como os dados completos de seus compradores. Seu data center, na Califórnia, tem o controle absoluto de todas as unidades que foram vendidas e conseguem detectar quando são ligadas e que tipo de conteúdo há dentro de cada uma delas. Se alguém na Índia ou no Paquistão fizer uso indevido, o aparelho é travado remotamente.

Distribuidores e revendedores pelo mundo afora têm a responsabilidade de zelar pela marca e saber exatamente para quem estão vendendo – até porque o preço não é baixo: um dos servidores tem custo na faixa de 90 mil dólares! Estamos diante, portanto, de um servidor multimídia de padrão high-end. E que, segundo a Audiogene, já tem vários compradores no Brasil. Por sinal, a distribuidora está credenciando revendedores para as três marcas; e garante que não serão muitos.

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