Samsung LED F7500(6)Comentamos aqui semanas atrás sobre o fenômeno da segunda tela; aliás, já abordamos o assunto algumas vezes e devemos falar muito a respeito daqui por diante. Nesta terça-feira, por exemplo, a Samsung apresentou em São Paulo sua nova linha de TVs, e uma das atrações foi um recurso chamado screen mirror, que pode ser traduzido como o “espelhamento” entre as telas do TV e do celular. Claro, não um celular qualquer. O recurso está disponível somente nos smartphones Galaxy S3 e S4, da própria Samsung, e no iPhone 5 (recentemente, a LG também apresentou algo do gênero, mas com o nome de Tag On). Basicamente, significa reproduzir a mesma imagem nas duas telas e, no caso do smartphone, poder circular com o aparelho “carregando” o conteúdo que estava no TV.

O segredo está na comunicação Wi-Fi Direct (ou Wi-Di), patenteada pela Intel e que os principais fabricantes de eletrônicos estão adotando (veja um exemplo neste vídeo). A comunicação entre os aparelhos se dá pela simples aproximação, sem necessidade de senhas ou configurações. Assim, um vídeo baixado no smartphone pode ser assistido na tela grande do TV, e um filme que esteja salvo na memória do TV pode ser transferido para o celular (não, ainda não é possível fazer o mesmo com programas ao vivo, mas é questão de tempo).

Conversei durante o evento com Silvio Stagni, vice-presidente da área de áudio/vídeo da Samsung, que me falou das expectativas em relação às vendas de TVs. Apesar da Copa das Confederações, este ano as vendas deverão crescer pouco em relação a 2012: cerca de 10%. O grande vilão é o dólar, que não está permitindo baixar mais os preços como a indústria planejava. Com a cotação a R$ 2,20 e a incerteza em relação aos próximos meses, acabou se diluindo a costumeira “inversão sazonal” que acontece em ano de Copa. “A expectativa agora ficou para 2014”, diz Stagni. “Tradicionalmente as vendas crescem 15% ou 20%, e o país que organiza o evento sente ainda mais esse estímulo.”

Disse ainda que as manifestações de junho em todo o país também atrapalharam as vendas, porque muitas lojas tiveram que fechar as portas em determinados horários. Aliás, segundo ele, as imagens de violência transmitidas pela televisão mundial chegaram a assustar executivos da Samsung na Coreia, surpresos porque, desde sempre, o Brasil é considerado um país tranquilo. “Tivemos que explicar que o movimento foi pacífico na maioria das cidades”, diz Stagni.

Seja como for, os planos da Samsung para o mercado brasileiro continuam ambiciosos. A empresa está lançando 36 novos TVs, entre plasma e LED, com tamanhos de 32 a 65 polegadas (foto ao alto), e finaliza os preparativos para trazer mais modelos 4K além do 85″ já lançado (mais detalhes aqui). E pode ser que chegue ainda este ano seu OLED de 55″.

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