sharp 90Sei que ainda há leitores irritados com a Sharp por causa do mau atendimento no passado e de problemas com os antigos aparelhos fabricados no Brasil. Mas há também muitos fãs da marca, que deverão gostar desta notícia: estão sendo lançados três novos TVs de tela grande, da linha Aquos Quattron, agora através da distribuidora Disac, a mesma que já representa marcas como Bose, Onkyo e PolkAudio. O acordo prevê, entre outras coisas, que os produtos Sharp serão vendidos somente em lojas especializadas, aquelas que possuem show-rooms e têm pessoal treinado para demonstrações detalhadas. Não estarão em magazines nem grandes redes de varejo.

Primeiro, informações sobre os aparelhos. São modelos de 70, 80 e 90 polegadas – este se torna, assim, o maior TV à venda no mercado brasileiro. Todos têm painel LED-LCD, recursos smart e reproduzem imagens em 3D. Não são 4K, mas utilizam a tecnologia que a Sharp batizou Quattron: além dos subpixels RGB (vermelho, verde e azul), trabalham com um quarto elemento formador de imagem (amarelo – representado pela letra Y). Isso faz aumentar a gama de cores, melhorando a reprodução dos meio-tons. A Sharp diz até que esse elemento a mais propicia menor consumo de energia, já que o TV reproduz imagens mais brilhantes com menor quantidade de luz. Veremos isso quando pudermos testar um dos três modelos, o que deve acontecer em breve.

Sobre os preços: Sharp Brasil e Disac decidiram focar no segmento de TVs de tela grande (não serão comercializados modelos menores) e dar todo apoio às revendas especializadas, que raramente conseguem comprar dos grandes fabricantes. Os preços estão um pouco acima dos modelos de tamanho equivalente das outras marcas, encontrados no varejo: R$ 17.990 para o de 70″, R$ 28.900 o de 80″ e R$ 59.900 o de 90″, que não tem concorrente. Numa pesquisa recente, encontramos um LG de 72″ por R$ 30.000 e um Samsung de 75″ por R$ 20.000. Claro, os modelos 4K estão em outra faixa.

A estratégia agora é mostrar ao usuário que vale mais a pena um TV desse tamanho do que um sistema de projetor + tela; este pode até sair mais barato, mas não terá a mesma performance; e os projetores de alto padrão têm custo muito acima desses que citamos. É um bom argumento de venda, para pessoas que não têm condições de montar salas dedicadas de home theater, sem janelas ou cortinas blackout vedando toda entrada de luz externa.

Como os demais fabricantes, Sharp e Disac apostam também na proximidade da Copa do Mundo. Muita gente vai começar a pensar na troca de TV a partir dos próximos meses. O mais interessante, a meu ver, é a política de suporte aos revendedores especializados, que no Brasil são praticamente ignorados pela indústria. Com sua rede de assistências técnicas espalhadas pelo país, a Sharp Brasil – que importa os TVs diretamente do Japão – promete tratamento diferenciado para a rede da Disac. Assim seja!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *