Saíram os números do mercado americano de eletrônicos para o terceiro trimestre do ano. E, embora a economia do país venha mostrando sinais de uma (lenta) recuperação, o que foi divulgado sobre equipamentos de consumo é preocupante. Segundo o consórcio DEG (Digital Entertainment Group), que coordena as pesquisas no setor, entre julho e setembro foram vendidos por lá 7,2 milhões de TVs e 1,6 milhão de players Blu-ray, o que significa aproximadamente 10% menos do que as quantidades previstas. Não são números de todo ruins, considerando que em 2012 eram 24% mais baixos, em média. Os EUA – ainda o maior mercado consumidor de tecnologia do mundo – têm hoje um total de 102 milhões de domicílios com TVs de alta definição e 62,3 milhões com Blu-ray. Mas ainda é pouco: as receitas em relação ao trimestre anterior caíram 6,4%!

Em resumo, repete-se a fábula do copo meio cheio, meio vazio: não está completamente ruim, porque já foi pior; mas também não está bom, porque todos esperavam (e precisavam) que fosse melhor.

A solução, dizem as vozes poderosas da indústria, está em um número e uma letra: 4K. Logo depois de divulgar seu balanço do trimestre, o DEG anunciou parceria com a CEA (Consumer Electronics Association) para promover uma grande campanha de esclarecimento sobre os benefícios dessa tecnologia. Fabricantes, revendedores, produtores de conteúdo e desenvolvedores de software receberão nas próximas semanas uma série de materiais destinados a “educar” o consumidor. “Vamos explicar a todos que 4K não significa apenas mais resolução”, disse Gary Shapiro, presidente da CEA. “Trata-se de uma nova experiência visual, que precisa ser bem comunicada ao público.”

Falta agora combinar com o outro time, digo, os estúdios de Hollywood, a maioria dos quais faz parte do DEG. Sem uma boa quantidade de filmes e conteúdos de TV para assistir em 4K, não há campanha que faça o consumidor investir mais.

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