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Muitos instaladores não gostam, mas o fato é que os projetos eletrônicos sem fio (ou apenas com os fios estritamente necessários) são uma realidade irreversível. Antigamente, existiam os assim chamados “passadores de cabos”, vistos com desconfiança; alguns foram forçados a sair do mercado; outros evoluíram e aprenderam a conviver com as novas tecnologias. Não é mero acaso que, na última CES, os produtos mais comuns tenham sido exatamente os wireless – controles, caixas acústicas, players e um longuíssimo etc (este site apresenta vários deles).

Pode-se afirmar que a indústria do áudio deve aos sistemas sem fio a sua ressurreição, embora em outras bases. Não, nada substitui um equipamento high-end bem dimensionado e calibrado. Mas a maioria – esmagadora – dos usuários busca mesmo é conveniência. Dizem as estatísticas que as vendas de produtos Wi-Fi e Bluetooth vêm crescendo aceleradamente (35% nos EUA em 2013), puxadas pela descoberta de que é possível espalhar som (e também vídeo) pela casa toda a custo mais baixo e sem os transtornos da passagem de metros e metros de cabos.

À revista Twice, o presidente do grupo B&W, Doug Henderson, disse que isso é ótimo porque está “ensinando (ou reensinando) as pessoas a ouvir música em espaços tridimensionais”; ainda que sejam espaços pequenos, lembra ele, são maiores do que os limites de um fone de ouvido. “E a tendência é que boa parte desses usuários migrem com o tempo para sistemas maiores.”

O problema, dizem os fabricantes, é a enorme quantidade de produtos ruins que estão chegando ao mercado, confundindo o consumidor. A reprodução de áudio via Bluetooth, por exemplo, não pode satisfazer o usuário com um mínimo de sensibilidade auditiva; já em Wi-Fi, as possibilidades são mais amplas, incluindo o tão sonhado multiroom. Foi curioso ver na CES a adesão de marcas nobres – Krell, Martin Logan, McIntosh, Cambridge – às tecnologias digitais. Quase todos os fabricantes de áudio high-end estão produzindo players, processadores e até amplificadores digitais (ou híbridos).

Definitivamente, nunca mais ouviremos música como antes.

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