ellenAinda a propósito da transmissão do Oscar no domingo à noite, alguns sites fizeram a “cobertura” em tempo real, com imagens da festa e comentários ao vivo. Dois queridos amigos experts em cinema, Miguel Barbieri Jr e Eliane Munhoz, por exemplo, acompanharam tudo em seus respectivos blogs e fizeram sucesso, com grande repercussão nas redes sociais. Entre sites internacionais, o Oscar foi, de longe, o grande campeão de audiência dos últimos meses.

Mas, se no Brasil o tema é para poucos (ainda mais este ano, quando teve que dividir as atenções com os desfiles de carnaval), nos EUA é tratado como megaevento. Como tal, nestes tempos online, acaba levando muita gente à internet para acompanhar a abertura de cada um daqueles envelopes. Não deu outra: as redes de banda larga travaram! Diz o site da ótima revista The Atlantic que poucos americanos conseguiram acessar os feeds, transformando o Oscar num evento “inassistível”.

Choveram reclamações no Twitter e no Facebook, enquanto mais de 1 bilhão de pessoas “normais” estavam assistindo tudo confortavelmente instalados em seus sofás. O site chegou a reproduzir tuítes irados de assinantes que não conseguiam receber o sinal estável. Sim, havia sites piratas com cobertura ao vivo, mas estes são difíceis de encontrar quando mais se precisa: o usuário em geral acaba “escravo” de algo (ou alguém…) que nem sabe onde está.

Tudo isso reflete a dura realidade de que a tal web TV, ou que nome se queira dar, ainda tem muito chão pela frente até se tornar, de fato, concorrente da televisão convencional. Já aconteceu outras vezes. Sempre que há um grande evento, e milhões de pessoas tentam acessá-lo ao mesmo tempo, as redes não suportam a demanda e acabam caindo. Sim, a emissora que pagou para ter o direito de transmitir o evento (no caso, a ABC) faz o possível para impedir que outros lhe roubem o sinal.

Mas, mesmo levando isso em conta, fica claro que vídeo online e eventos ao vivo são como água e óleo – não podem ser misturados. Pelo menos, não com a qualidade que o cinéfilo exige. Da próxima vez, muitos talvez prefiram ver um filme, em lugar de assistir à maior festa do cinema.

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