No próximo dia 18, começa em São Paulo a quarta edição do Programa de Certificação Home Expert, que iniciamos em 2011. Será mais uma série de encontros técnicos entre novos profissionais do mercado de sistemas eletrônicos residenciais (e alguns de outros segmentos que estão de olho num upgrade) e nossa equipe de instrutores. Já temos um belo grupo de quase 40 inscritos, e é provável que esse número aumente nas próximas semanas (a inscrição pode ser feita a qualquer tempo, no homexpert.com.br.

Desde a primeira edição, já foram certificados cerca de 100 profissionais, e este ano, como sempre, uma das preocupações dos instrutores será reforçar a questão das normas técnicas existentes, algo que infelizmente nem todos os profissionais em atividade respeitam. Poucos se dão ao trabalho de consultar as publicações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou do InMetro/ConMetro (Instituto e Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), que elaboram normas para todos os setores da atividade industrial. Essas normas têm força de lei na área de projetos e serviços.

Refiro-me ao assunto após a notícia de que Infocomm está trazendo ao Brasil suas normas para o segmento audiovisual, já consagradas nos EUA e em alguns outros países. São normas derivadas dos padrões ANSI (American National Standards Institute), entidade que em 2008 credenciou a Infocomm do “desenvolvedora de padrões” para esse setor. Segundo me disse Nelson Baumgratz, responsável pela filial brasileira da Infocomm, essas normas não têm paralelo no Brasil. Seu trabalho, neste momento, é divulgá-las entre os profissionais e procurar outras entidades, inclusive a própria ABNT, visando oficializá-las.

Nesta terça-feira, haverá em São Paulo um primeiro encontro nesse sentido. Discutir e entender as normas é imprescindível para todo profissional. Por ora, as da Infocomm não são impositivas – precisam ser endossadas pela ABNT e homologadas pelo ConMetro. Não há o risco, por exemplo, de alguém ser processado pelo cliente caso se descubra que seu projeto não seguiu essas recomendações. Mas isso tende a mudar, já que o país não tem normas equivalentes. E, mesmo que não haja imposição por lei, todo profissional sério e responsável deve usar normas técnicas como referência.

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