Reportagem da revista Forbes, duas semanas atrás, apontava um fenômeno que nós aqui, modestamente, já havíamos comentado tempos atrás: o avanço das grandes empresas de tecnologia no setor de automação residencial. Como se tivessem combinado, Google, Apple e Samsung aumentaram este ano os investimentos no setor – e não é pouco dinheiro.
No início do ano, a Google pagou nada menos do que US$ 3,2 bilhões pela Nest, que tornou populares nos EUA os chamados “termostatos inteligentes”. Mais recentemente, a Apple apresentou seu HomeKit, um pacote de softwares para desenvolvedores que queiram utilizar os produtos da empresa em sistemas de automação. E agora a Samsung anuncia a compra, por US$ 200 milhões, da SmartThings, pequena empresa de Washington que vende kits básicos de automação por até 100 dólares.
As três gigantes enxergam potencial nas soluções de baixo custo para controlar a casa, algumas delas já disponíveis no Brasil. O caso da SmartThings é particularmente interessante. Em apenas dois anos, a empresa atraiu vários fundos de investimento, basicamente fazendo campanha pela internet.
O que há de comum nos três casos é a ideia de que todo mundo deseja ter em casa algum tipo de automação – variando apenas a disposição para investir. Produtos como os citados acima chamam a atenção pelo custo acessível e, como já comentamos aqui, podem ser uma porta de entrada para usuários sem contas bancárias tão gordas. Há, porém, quem se recuse até a classificar essas soluções como “automação”, partindo do princípio de que um sistema verdadeiro exige projeto, instalação adequada, proteção elétrica etc.
Vamos ver como as gigantes da tecnologia resolverão essas questões.