hisenseO mercado mundial de TVs Ultra-HD (4K) está aumentando de tamanho dez vezes este ano. Quem afirma é a consultoria especializada Futuresource, que calculou: foram cerca de 1,5 milhão de aparelhos em 2013, e deveremos terminar 2014 com um total próximo de 12 milhões. Ainda é quase nada no universo dos fabricantes, que no ano passado venderam mais de 225 milhões de TVs.

Mas, como se sabe, as coisas mudam. E, em tecnologia, mudam mais rápido. Aqui na IFA, nove de cada dez TVs que encontramos são 4K, seja nos estandes maiores ou nos de empresas semidesconhecidas. Alguém pode argumentar que, numa feira de tecnologia, todo mundo quer mostrar a melhor imagem e, portanto, é natural deixar de lado os tradicionais Full-HD. Mas a questão é mais complexa. Ainda segundo a mesma consultoria, daqueles 12 milhões de TVs 4K vendidos este ano, quase 9 milhões serão fabricados e consumidos dentro de um mesmo país: isso mesmo, a China.

É a primeira vez que isso acontece. Mesmo no auge do domínio japonês, nunca um povo teve tanta supremacia tecnológica quanto têm hoje os chineses. Lá, eles podem se dar ao luxo de vender um TV 4K de 55 polegadas por menos de 1.000 dólares! É o que estão fazendo marcas como Haier, HiSense, Konka e Changhong, entre outras, para preocupação de japoneses, europeus, americanos e até coreanos. E, embora haja críticas quanto a sua durabilidade, são produtos de bela aparência, como pudemos ver hoje no estande da HiSense na IFA (foto).

Segunda maior fabricante de displays do mundo (produz 50 milhões por ano), a empresa está se candidatando a conquistar outros mercados, como nos disse o CEO Shawn Zhong: “Sei que ainda somos pouco conhecidos, mas temos 75 mil funcionários e 16 centros de pesquisa espalhados pelo mundo. Não queremos apenas vender mais barato. Queremos estar entre os melhores”.

É bom não duvidar.

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