Untitled-1É difícil produzir caixas acústicas sem cair no velho desenho (velho, porque data dos anos 1940): um retângulo preto, feito de madeira, com os alto-falantes na frente. A maioria das alternativas já lançadas mostrou problemas de desempenho, enquanto outras atingiram preços inacessíveis (neste artigo, aparecem algumas).

Não é o caso, aqui, de entrar no mérito da qualidade sonora; esta precisa ser apreciada e analisada ao vivo, de preferência numa boa sala. Mas, de vez em quando, o mercado nos surpreende com soluções que surgem essencialmente da criatividade humana. Vejam o exemplo da foto, um dos modelos da linha Relit, que a Yamaha mostrou aqui na IFA. “Mostrou” é exatamente a palavra: as caixas ficaram num canto do estande, sem produzir som algum, mas chamaram mais atenção do que a maioria dos demais produtos ali expostos.

Pelo que me explicaram os promotores da Yamaha, trata-se de uma ideia foram do comum, dessas tão malucas que de repente até podem dar certo.  Os falantes são virados para cima, não para frente, e em torno de cada um há um filamento de leds que espalha luz numa tonalidade avermelhada em 360 graus. Como as paredes do gabinete são semitransparentes, feitas de aço com furos microscópicos, cria-se um efeito de halo, reforçado por um revestimento de alumínio (imitando espelho) nos cones.

Para completar, a Yamaha criou um aplicativo pelo qual é possível controlar a intensidade das luzes em cada caixa – de quebra, pode-se usar o smartphone para também enviar música, já que a caixa funciona sem fio. Deve até tocar bem, mas talvez isso fique em segundo plano.

1 thought on “Nem precisa ouvir, basta olhar.

  1. Exatamente Isso Que Eu Estava Pensando, a Nossa Capacidade Audiovisual Também Está Ligada a Sensações De Imersões Do Ambiente Na Qual o Audio Está Sendo Dissipado. Na Minha Opinião, Situações Tão Inovadoras Como Esta Se Passa Como Um Complemento Indispensável aos Nossos Ouvidos. Parabéns Yamaha. Um Abraço Helio.

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