Quero comentar hoje alguns dados da última PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada recentemente pelo IBGE, aquela mesma que causou polêmica ao apontar que a desigualdade no país havia aumentado (na verdade, diminuiu). Os dados do levantamento, válido para 2013, que se referem a produtos eletrônicos são interessantes.

Mostram, por exemplo, que a penetração da televisão entre as famílias brasileiras já é de 97,2% – nos principais países da Europa, no Japão, Coreia do Sul e América do Norte, é de 99%. Dos 65,1 milhões de domicílios existentes no país, 49,5% possuem computador, o que representa crescimento de 2,6 milhões em um ano; deles, 28 milhões têm acesso à internet (43,1%), embora a pesquisa não identifique que tipo de banda larga (móvel ou fixa). Curiosamente, caiu de 80,7% para 72,4% o número de residências com aparelho de rádio, o que com certeza tem a ver com o aumento da audiência desse veículo pela internet.

Outra curiosidade: em 53,1% das casas, só se usam telefones celulares. Mas são nada menos do que 130,8 milhões os brasileiros, acima de 10 anos de idade, que têm um celular – 6,3 milhões a mais do que em 2012.

Não sei se é prematuro concluir, mas a impressão que fica é que os brasileiros decidiram mesmo fazer como os chineses, que há anos abandonaram os telefones fixos e quase só usam celular. É mais prático e, em muitos casos, mais barato – inclusive para as operadoras.

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