detalles_bang_olufsen_bigNão comentei aqui, mas não gostaria de deixar passar a oportunidade das eleições para lembrar um aspecto interessante de minha visita à Bang & Olufsen, na Dinamarca, em setembro. Conversando com os funcionários, ficou clara a preocupação de todos em ressaltar não apenas a qualidade dos produtos, mas também os diferenciais da empresa em relação aos concorrentes. Discretamente, como é comum no país, todos falam com orgulho de seus patrões e de como são tratados.

Até aí, não seria algo tão especial. Mas, navegando pelo site da B&O, encontrei o documento chamado CSR (Corporate Social Responsability), uma espécie de código de conduta da empresa e de seus colaboradores. Nunca vi algo parecido, nem mesmo nas admiráveis empresas japonesas do passado.

O texto se divide em tópicos como “Direitos Humanos”, “Direitos dos Empregados”, “Anti-corrupção”, “Clima e Meio ambiente”. E define a filosofia do grupo em relação a seus parceiros e fornecedores. No item “Direitos dos Empregados”, por exemplo, condena todo tipo de discriminação e de exploração do trabalho infantil ou do trabalho escravo, e reforça a importância de liberdade de associação de seus funcionários para lutar por seus direitos.

Mais expressivo ainda é o tópico dedicado à corrupção: a B&O afirma com clareza que não tolera esse tipo de desvio e não admite práticas como suborno e propina.

Para quem quiser ler o original, está aqui. Mesmo que você nunca venha a ter um produto dessa marca, o documento vale como uma aula de boas práticas gerenciais.

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