download-vs-streamsDesculpem o título acima, sei que é incompreensível. Serve apenas para ilustrar o novo vocabulário que temos de “enfrentar” atualmente. “Estartar” (do inglês start, iniciar) já não é tão novo assim. “Brausear” vem de browse (navegar) e, portanto, refere-se ao ato de circular por sites, blogs e demais veículos online. Já “estrimar”, conheci há pouco tempo, numa palestra, e o choque foi tamanho que precisei reinicializar o pensamento…

Lembro aqui essas batalhas verbais a propósito da notícia de que os serviços de streaming (sim, é daí – stream – que vem o inacreditável “estrimar”) estão derrubando o volume de downloads (esta outra palavrinha, felizmente, continua sendo traduzida como “baixar”, e tomara que continue assim). Quem afirma é simplesmente a Apple, cuja loja iTunes é a campeã mundial nesse quesito. Este ano, a loja vendeu 14% menos downloads de música do que no ano passado, quando já havia caído 2,1% em relação a 2012. Enquanto isso, sites dedicados ao streaming, como Spotify e Pandora, continuam crescendo (46% este ano), inclusive na modalidade de assinatura mensal (a notícia completa está neste link).

O fenômeno é o mesmo do segmento de vídeo: serviços pagos de streaming, como Netflix e Amazon, têm cada vez mais clientes, enquanto a compra de filmes e vídeos só cai. Pelo visto, a maioria das pessoas prefere fazer assinatura por um valor baixo (quase simbólico, na casa dos 10 dólares/mês) do que pagar individualmente cada música que é baixada.

Faz sentido. Significa que cresce o índice de desapego dos fãs, já que hoje é tão fácil acessar as músicas a qualquer hora e em qualquer lugar. Vai longe o tempo em que se colecionavam discos e estes emolduravam as estantes. Pior: se você ainda teima em fazer seus downloads, já pode se considerar ultrapassado.

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