japanNa semana passada, complementando informações divulgadas durante a CES, fontes da Sony revelaram que a empresa planeja uma grande reestruturação este ano. Diante de mais um ano fiscal de prejuízos (estimados em US$ 1,9 bilhão), o CEO Kazuo Hirai anunciou “drásticas reformas” nas divisões de TV e mobilidade – mais detalhes estão neste artigo, traduzido do The Wall Street Journal.

Mas o problema não afeta somente a Sony. Toda a indústria japonesa está diante desse enorme desafio, que é trazer o país de volta aos tempos de liderança mundial em tecnologia. Panasonic, Sharp, Toshiba e outras gigantes japonesas estão na mesma situação, e até o governo do país está empenhado em ajudá-las. Mas como?

Analistas citados pela agência de notícias Reuters comentam que, nesses grupos, até a hipótese de vender a divisão de TVs está sendo considerada, embora hoje isso represente quase uma heresia. A questão se agrava quando os executivos fazem as contas e descobrem que nem essa medida extrema pode ser solução. Os possíveis compradores talvez não queiram ficar com todos os ativos, e os custos para a imagem das marcas podem ser desastrosos.

“Hoje em dia, qualquer um é capaz de produzir TVs”, resume o CEO da Panasonic, Kazuhiro Tsuga, ao analisar as dificuldades. “E isso acontece também com smartphones”, acrescenta, garantindo que sua decisão de focar em segmentos mais rentáveis – como eletrodomésticos de alto padrão e sistemas inteligentes para automóveis – vem dando certo.

No entanto, assim como seus colegas das outras gigantes, Tsuga terá que mostrar isso no balanço financeiro do ano fiscal, que termina em março.

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