Apesar da incerteza provocada pela eleição de Donald Trump, e não é para menos, a CTA (Consumer Technology Association), que reúne as maiores empresas do setor, divulgou durante a CES seu relatório anual sobre as perspectivas da indústria eletrônica. O conteúdo do Consumer Technology Sales and Forecasts (aqui, no original) é baseado quase que totalmente no comportamento do consumidor americano, mas serve de referência para o mercado global, exceção feita à China.

Itens como TVs 4K, smartphones e os chamados DPAs (assistentes pessoais digitais) são apontados como principais responsáveis pelo crescimento nas vendas de eletrônicos. A CTA coloca ênfase particular no que chama de “tecnologias emergentes”, uma gama que inclui todos os produtos para smart homes: sensores, alarmes, detectores, fechaduras, cortinas, dimmers, termostatos. Trata-se de um mercado estimado em 29 milhões de unidades vendidas em 2017 (63% mais do que em 2016).

DPAs e tudo que se refere a IoT (Internet das Coisas) crescerão 52%, enquanto os TVs 4K – que em três anos venderam 18,6 milhões de unidades – terão expansão de 51% (15,6 milhões de aparelhos ao longo deste ano). Há ainda os gadgets, como óculos VR, que até agora somavam 1,5 milhão de unidades e devem chegar a 2,5 milhões; os drones de uso doméstico – pela lei americana, são assim considerados os modelos que pesam até 250 gramas -, que chegarão a 2 milhões até dezembro; e os wearables, incluindo relógios de pulso, medidores de corrida etc.

Mas o relatório da CTA mostra também que o grosso do faturamento da indústria eletrônica continuará vindo dos produtos tradicionais. Cinco deles responderão por 48% das vendas este ano. Vejam:

Smartphones – 185 milhões de unidades, US$ 55.6 bilhões em vendas;

TVs – 39 milhões de aparelhos, resultando em receitas de US$ 17,8 bilhões (não inclui 4K);

Tablets – 59 milhões e US$ 16 bi, respectivamente (as vendas começaram a cair em 2016);

Laptops – Estabilizam em 27 milhões, equivalentes a US$ 15,6 bilhões;

Desktops – Continua a tendência de queda: 6,7 milhões e US$ 3,9 bilhões em 2017.

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