Em maio, a Globo lança sua primeira série com transmissão apenas pelo serviço Globo Play. Brasil a Bordo (foto), de Miguel Falabella, estará disponível para assinantes em formato idêntico ao do Netflix (mensalidade: R$ 14,20) e – pelo menos até 2018 – não poderá ser vista na rede aberta. O mesmo esquema será utilizado com Carcereiros, série sobre os problemas penitenciários inspirada no livro homônimo de Drauzio Varela, esta feita em regime de coprodução. São duas experiências que a emissora fará visando esse “novo mercado”: consumidores que não costumam seguir a programação linear de TV, mas estão se habituando ao chamado binge-viewing (assistir a vários episódios de uma série, às vezes todos, de uma tacada só).

A estratégia, que já comentamos aqui, foi detalhada esta semana pelo diretor de programação da Globo, Amauri Soares, em entrevista à Folha de São Paulo. A emissora está decidida a desbancar o Netflix na preferência do telespectador brasileiro, algo que ninguém conseguiu até agora em nenhum país. Foca no público “que é jovem, trabalha e faz faculdade”, nas palavras de Soares, e que costuma assistir a vídeos em smartphones, tablets e notebooks. O desafio é aproveitar o longo know-how da Globo, que produz séries há décadas, adaptando o formato à linguagem da internet.

A primeira iniciativa desse tipo foi Justiça, série com elenco de novela exibida em 2015 nas duas mídias: internet e TV aberta. Talvez sejam públicos distintos, e as ofertas se complementem. Pelo Globo Play, Justiça atingiu público muito maior do que na televisão, o que não quer dizer ‘engajamento’, essa palavra mágica que todos os veículos de comunicação buscam. Será preciso analisar quanta gente paga para ver!!! Mas, como já afirmaram outros executivos da Globo, esse é um caminho sem volta.

1 thought on “Novas séries da Globo chegam antes à internet

  1. Tem que melhorar muito para competir com a Netflix. O sistema trava toda hora.

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