Aos 22 anos de idade, foi declarado oficialmente “morto” o formato de gravação mais popular do século até agora. O MP3, invenção do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, não terá mais suporte técnico nem atualizações, o que significa que a partir de agora haverá cada vez menos aparelhos compatíveis. O anúncio foi feito pelo próprio Instituto, em seu site, com uma retrospectiva do que aconteceu desde 1987, quando começaram os estudos.

É uma das histórias mais interessantes da tecnologia. E o site presta um merecido tributo à equipe que idealizou o formato. Lembra que, nos primeiros anos, os cientistas por trás da ideia chegaram a ser ridicularizados em eventos públicos. Vale lembrar que então o CD, lançado comercialmente em 1983, era considerado o meio mais confiável de armazenar e distribuir música – a internet ainda era um sonho de poucos. O pessoal do Fraunhofer desenvolveu o algoritmo OCF (Optimum Coding Frequency), uma forma de salvar os sinais de áudio em arquivos dez vezes menores, que podiam ser transmitidos até por linha telefônica.

Em 1998, surgiu o primeiro player MP3, modelo Rio 100, da fabricante americana Diamond Multimedia, fundada por um chinês. Em sua reconstituição, o Fraunhofer não dá o crédito, mas foi a Apple – com o iPod e a loja iTunes, lançados em 2001 – que detonou de vez a revolução na indústria musical a partir do MP3.

Bem, o fim do suporte ao MP3 não quer dizer que todos aqueles nossos arquivos armazenados há tantos anos deixarão de tocar. Mas é bom convertê-los para formatos mais novos, antes que alguém chame você de “velho”. 

 

 

1 thought on “A “morte” oficial do MP3

  1. Na verdade não é bem uma morte! É o fim do licenciamento pago pelo uso do formato. Como não renderá mais dinheiro aos criadores, por ter acabado sua patente, eles preferem logo é matar e dizer que não é mais tão bom quanto era!
    Mas concordo que o formato esta realmente velho! rsrsrs

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