Falar em pirataria no mercado de tecnologia é quase redundância. Mas engana-se quem pensa que esse problema prejudica apenas os estúdios de cinema. Quanto maior a fragmentação das mídias, mais setores são afetados. E a atitude, ainda comum, de querer levar vantagem só faz piorar as coisas.

No início do mês, saiu um dos estudos mais amplos sobre a questão do tráfico de equipamentos e conteúdos, atividade já reconhecidamente dominada por máfias internacionais. Veio da Nagra, empresa suíça que produz sistemas para redes de TV por assinatura usados por operadoras de vários países. Além de reafirmar as dificuldades do setor diante do impacto dos serviços digitais, o relatório destaca como a pirataria está crescendo. “Nos velhos tempos do BitTorrent, podíamos, pelo menos, medir sua extensão, mas agora é muito mais difícil, já que ele mudou para IPTV e OTT”, comentou um dos entrevistados.

Mais sofisticada que a antiga cópia de mídias físicas, a pirataria no universo online é classificada em vários segmentos. Vejam os percentuais de empresas que se dizem afetadas em cada uma delas:

*Streaming irregular: 79%

*Downloads privados (peer-to-peer): 57%

*Desvio de sinal via set-top box IPTV: 45%

*Roubo de sinal (incluindo clonagem de cartões): 43%

*Copiagem ilegal de discos e dispositivos USB: 30%

*Gravação a partir da tela: 19% 

América Latina e Ásia são as regiões onde a ação dos piratas é mais sentida. Incrivelmente, grande parte dos equipamentos considerados ilegais é vendida em sites comuns de compra. E já vem pré-carregada com extensões para acesso de conteúdos internacionais. 

Para os interessados, este link faz um bom resumo do estudo. Para vê-lo na íntegra, em inglês, clique aqui

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