O Brasil foi incluído no plano global de reestruturação da Nikon, uma das marcas icônicas do mundo fotográfico. Esta semana, a empresa anunciou a desativação de sua loja online brasileira (a partir de 31/12), mantendo apenas, por algum tempo, a assistência técnica. Dias antes, o grupo também havia anunciado o fechamento de sua fábrica na China, dedicada a câmeras compactas, cujas vendas despencaram nos últimos anos. De 2010 a 2017, a empresa deixou de vender cerca de 1,258 milhão de câmeras desse tipo, um segmento praticamente destroçado pelo avanço dos celulares.

Só na fábrica chinesa trabalham 2.200 funcionários, que estão sendo demitidos, diz o site South China Morning Post. O plano agora é se concentrar na produção de câmeras high-end, feitas apenas no Japão, e na divisão de semicondutores; câmeras populares talvez sejam produzidas ainda em países asiáticos afluentes, como Tailândia e Malásia, mas em menores quantidades. O site acrescenta que parar de produzir na China é a opção para grandes grupos internacionais do segmento eletrônico, já que ficou impossível competir com os fabricantes locais. A japonesa Panasonic e a americana Seagate anunciaram decisões semelhantes recentemente. 

Curiosidade extraída da reportagem: a câmera mais barata da Nikon atualmente (mod. J1) possui sensor para captar imagens de até 10.1 Megapixels, enquanto na mesma China celulares de marcas como Huawei e Oppo já oferecem mais que o dobro – e ainda permitem gravar vídeo com zoom manual ou eletrônico!!!

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