Acaba de estrear a nova superprodução da Globo: Deus Salve o Rei, que ocupa a faixa das 19h, é provavelmente a mais cara telenovela da história (a emissora não fornece números). Com certeza, é a que exige maior complexidade em termos de cenários, figurinos, iluminação etc. Ambientada na Idade Média, a trama envolve castelos suntuosos, duelos com espadas e uma dramatização diferente das novelas que retratam situações atuais. Depois de ter produzido novelas na Grécia (Belíssima, 2007), Índia (Caminho das Índias, 2009) e Turquia (Salve Jorge, 2013), entre outras locações distantes, a Globo desta vez preferiu economizar nas viagens: somente uma parte da equipe técnica foi à Espanha, Escócia e Islândia, para captar imagens de castelos, vilarejos e paisagens que lembram a era medieval. Enquanto isso, no Rio de Janeiro foi montada uma cidade cenográfica de aproximadamente 1.800m2, com externas gravadas no processo chroma key convencional. 

OK, OK, dirão os leitores, mas por que estamos aqui falando de novela? Deus Salve o Rei é também um marco por ser a primeira produção do gênero gravada com áudio imersivo. O telespectador não vai perceber isso na transmissão pela TV aberta, mas talvez o consiga no Globo Play, serviço on-demand da emissora. O áudio é codificado em Dolby Atmos, processamento que já pode ser captado quando se assiste pela internet. Aqui, uma boa explicação.

Vale lembrar que Dolby Atmos já foi utilizado pela Globo, por exemplo, na transmissão do Rock in Rio, no ano passado. É, de fato, uma tendência mundial, considerando a quantidade de produtos compatíveis exibidos esta semana na CES de Las Vegas. Deverá ser usado também nas próximas séries da Globo. Aliás, para reforçar o impacto, a emissora fez a pré-estreia da novela num cinema, devidamente equipado com caixas acústicas espalhadas pelo teto para realçar os efeitos sonoros.

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